Uribe diz que 3º mandato seria 'inconveniente', mas não descarta
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, declarou nesta quinta-feira (21) que seria “inconveniente” sua reeleição em 2010, porque perpetuaria o chefe de Estado. Segundo ele, “o país tem muitos bons líderes”. O colombiano, contudo, não descartou ser
Publicado 22/05/2009 10:39
Uribe fez o pronunciamento durante um fórum econômico em Bogotá, apenas dois dias após o Senado aprovar a convocação de um referendo para reformar a Constituição e permitir que ele se apresente a um terceiro mandato.
Ao responder a uma pergunta dos presentes sobre uma possível reeleição, Uribe disse encarar isso como “inconveniente” justamente por isso, “por se perpetuar um presidente, já que o país tem líderes muitos bons”. “Pessoalmente, não queria ter o desgosto de que gerações do futuro me vejam como alguém apegado ao poder”, assinalou Uribe.
“Tenho sido um combatente da democracia e quero dissipar qualquer dúvida perante a comunidade internacional. Creio que as instituições democráticas se fortaleceram neste governo”, acrescentou. Ele, contudo, evitou dizer diretamente se concorreria ou não a um terceiro mandato, como fez em outras ocasiões, desviando a questão para reflexões sobre o tema.
A declaração do presidente acontece no momento em que os principais partidos opositores criaram uma frente comum contra sua reeleição. A possibilidade de uma segunda reeleição imediata de Uribe provocou o temor da oposição de uma redução da democracia e de que o país caia em uma “ditadura” pela concentração de poder e possíveis abusos do presidente.
O ex-presidente colombiano César Gaviria, máximo chefe do Partido Liberal Colombiano (PLC, de centro), e Carlos Gaviria Díaz, presidente do Pólo Democrático Alternativo (PDA, de esquerda), ambos de oposição, disseram acreditar que a Corte Constitucionalista analisará o texto da emenda que estabele a possibilidade de uma sgeunda reeleição.
“Somos contra esta modalidade de referendo”, afirmou o ex-presidente, que governou o país de 1990 a 1994, ressaltando que a “Corte Constitucionalista tem uma enorme responsabilidade de preservar o estado de direito na Colômbia”.
Com agências