Movimento de mulheres quer Vanessa no Senado

Um forte toque feminino tem sido dado nas mobilizações do PCdoB no Amazonas para a XV Conferência Estadual e ao XII Congresso Nacional do partido. No último sábado (22), cerca de 100 mulheres compareceram ao auditório do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) para um café da manhã seguido da plenária que discutiu o papel das mulheres no Novo Plano de Desenvolvimento Nacional apresentado pelos comunistas. O evento contou com a participação da secretária nacional de mulheres do PCdoB, Liege Rocha.

Estiveram presentes na atividade a presidente do Conselho Estadual de Farmácia, Dra. Annemarie Schossiq, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), Ísis Tavares, das secretárias de mulheres do PV, PDT, PT e muitas militantes dos movimentos comunitário e sindical.

Líder da frente de mulheres do partido nacionalmente, Liege ressaltou que a busca pela soberania do país passa pela emancipação das mulheres, haja vista o papel fundamental delas na organização social. Além disso, destacou a responsabilidade das dirigentes comunistas. “Cada uma de nós devemos está atentas para colocar em pauta aspectos que julgamos relevantes sob a ótica feminina”, afirmou.

Dentre tantos temas esmiuçados em sua exposição, ela abordou a contribuição do PCdoB nos avanços das mulheres na conquista dos espaços de poder. De acordo com Liege, a bancada do partido na Câmara dos Deputados é que a reúne, proporcionalmente, a maior quantidade de mulheres.

Nesse time atua a deputada federal Vanessa Grazziotin (AM), que recentemente comemorou 20 anos de atuação parlamentar, somados seus anos na Câmara Municipal de Manaus (CMM). A trajetória política de Vanessa foi fartamente citada durante a atividade como símbolo do potencial feminino nas esferas de decisão do nosso país, a ponto, inclusive, do partido já apresentar sua candidatura ao Senado Federal em 2010.

“A candidatura de Vanessa ao Senado é necessária, não apenas por ser mulher e defender a causa, mas principalmente pelo seu histórico de luta em defesa dos trabalhadores e do povo do Amazonas”, afirmou a vereadora Alzira de Iranduba.

Uma das fundadoras do partido no Estado, a ex-vereadora e vice-presidente do comitê estadual Lúcia Antony disse que “a emancipação das mulheres enriquece a sociedade como um todo e contribui na afirmação de um projeto nacional de desenvolvimento para o país”.

Mais do que plataforma política, a importância das mulheres na construção de um país socialista é, para o PCdoB, fundamental. No Amazonas, os exemplos saem da teoria e se direcionam ao dia-a-dia. 45% de comunistas amazonenses são mulheres. E as mobilizações para o Congresso Nacional tendem a elevar esse dado, já que 6 de cada 10 novos filiados são do sexo feminino.

E não se trata de mero inchaço numérico nas trincheiras das camaradas. A meta de fortalecimento do partido no interior do Estado conta com a contribuição direta dos quadros femininos do partido. Todos os três destacamentos que o partido fez para qualificar a intervenção dos comitês municipais em Manacapuru, Maués e Itacoatiara foram concretizados por meio delas.

O líder indígena Bras, de origem baré, veio de São Gabriel da Cachoeira para observar como as mulheres vêm se organizando, principalmente as indígenas, que em Manaus construíram um coletivo de mulheres indígenas na capital. Professoras, funcionárias públicas, donas de casa, médicas, advogadas e estudantes fizeram parte do público presente na plenária.

A elas, somam-se a vice-presidente do comitê municipal de Manaus, Vanja Andréa, e a secretária estadual de mulheres, Auricélia Conserva, personagens decisivas em tais resultados.

De Manaus,
Anderson Bahia e Vanja Santos

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