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 Chávez é recebido por multidão:  "O Oscar é do povo"

Uma multidão concentrada no palácio presidencial de Miraflores deu as boas-vindas ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, na noite da sexta-feira, após uma viagem de 11 dias por nove países da África, Ásia e Europa. 

Chávez e o povo peq

Chávez chegou de Madri, última escala de uma viagem que iniciou na Líbia no dia 1º de setembro e que continuou depois na Argélia, Síria, Irã, Turcomenistão, Belarus e Rússia, e que incluiu uma visita de última hora à Itália para ir ao Festival Internacional de Cinema de Veneza.
Uma hora após seu retorno ao país, Chávez fez um pronunciamento transmitido em cadeia nacional obrigatória de emissoras de rádio e televisão, no qual com humor não esqueceu destacar o tema cinematográfico.

“Como lhes doeu aos esquálidos (a direita) o tapete vermelho de Veneza!”, exclamou em alusão a críticas da direita fascista e golpista a respeito e no meio de gritos da multidão que, com igual humor, cantou gritos de guerra pedindo o Oscar para o filme e para o presidente.

“O Oscar é para o povo”, respondeu Chávez em uma alocução na qual também gritou vivas ao presidente chileno Salvador Allende ao recordar-se hoje 36 anos do seu assassinato.

Também gritou vivas aos líderes revolucionários cubanos Fidel e Raúl Castro, a quem agradeceu pelo avião fornecido para sua viagem que, ressaltou, “saiu de maneira excelente”, dizendo que no domingo, em seu programa “Alô Presidente”, dará mais detalhes.

Ele destacou que agora “a voz da Venezuela retumba nos horizontes do mundo”, em contraste com o que disse que acontecia antes de sua chegada ao governo, há dez anos.

Antes de 1999, “muita gente nem sequer sabia onde está Venezuela (…), mas hoje, depois destes intensos esforços do povo, da revolução e de seu governo, podemos dizer que a voz da Venezuela retumba” e que “é respeitada em todas as partes”, sustentou.

Também destacou, entre outros assuntos, sua visita à Espanha e a coincidência que estando em Madri se confirmou o achado de uma rica jazida de gás que explora na Venezuela uma empresa espanhola, e também um acordo militar com a Rússia.

“Em breve começarão a chegar uns foguetinhos russos” com 300 km de alcance “e que não falham; não vamos atacar a ninguém, mas com esses instrumentos de defesa faremos frente a qualquer ameaça, venha de onde vier”, afirmou.

Chávez também agradeceu aos líderes de “todos os governos aliados e amigos” aos que visitou e em tom jocoso e com sarcasmo disse: “Lhes trago saudações do eixo do mal”. “Assim foi batizado pelo imperialismo americano” uma série de nações que na realidade conformam, acrescentou, “um eixo de aliados livres” que não estão submetidos aos ditames do “império americano”.

Fonte: O Outro Lado da Notíca