Haroldo Lima festeja aniversário de 70 anos na Bahia

Baiano de Caetité, Lima comemora 70 anos de vida no exato dia em que se comemoram os 70 anos da perfuração do primeiro poço de petróleo no país, na região do Lobato, na Bahia. “É uma coincidência prazerosa”, brinca. E, sobre as perspectivas do setor para os próximos 70 anos, é taxativo: “Até agora, nesses 70 anos de exploração e produção de petróleo no Brasil, conseguimos acumular uma reserva da ordem de R$ 14,2 bilhões de barris. E a expectativa com o pré-sal, que vai começar a produzir no início dos próximos 70 anos, gira em torno de 50 bilhões de barris; o que significa que haverá um salto de qualidade no país no que diz respeito à disponibilidade de recursos petrolíferos”.

No jantar de celebração, na noite desta quinta-feira (08/10) em Salvador, o diretor da ANP estará muito bem acompanhado dos amigos comunistas e de lideres políticos de outros partidos, a exemplo da presidenciável e ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), e o Governador Jaques Wagner (PT). O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e o presidente da Sonangol (a estatal angolana de petróleo) no Brasil, Cândido Cardoso, também confirmaram presença. “Lamento a ausência das pessoas que percorreram comigo parte importante do trajeto da minha vida e que tombaram na luta contra a ditadura, como Jorge Leal Gonçalves Pereira, que, de certa maneira, me trouxe para a atividade política”, lembrou Haroldo. Em compensação, companheiros de longa data, como o ex-deputado federal Aldo Arantes e o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, desembarcaram na capital baiana para prestigiar o aniversariante.

ANP investe na Bahia

Em Salvador desde ontem (07/10) para participar do projeto ANP Itinerante, Haroldo Lima aproveitou para anunciar um aporte de R$ 124,89 milhões em pesquisas de novas bacias de petróleo e gás na Bahia; fruto da nova política da Agência de pôr em prática um Plano Plurianual de levantamentos sísmicos em todo o país. “Conhecemos muito pouco as bacias sedimentares brasileiras. Com a descoberta do pré-sal, corre-se o risco de também ficarmos concentrados nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, o que significa apenas 2% da área sedimentar do país”, pontuou.

A maior fatia dos investimentos previstos para o estado será na Bacia do São Francisco, que abocanhou R$ 65 bilhões (incluindo ainda os demais estados que a integra: Minas, Goiás e Tocantins). As regiões de Jacuípe, Irecê/Lençóis e Bacia de Cumuruxatiba, ainda em fase de pesquisas, e Tucano Sul, onde já foram arrematados alguns blocos de exploração do petróleo em leilões realizados pela ANP, também despontam com boas perspectivas.

A expectativa agora é de liberação judicial da oitava rodada de leilões, cuja maior área de exploração está concentrada no interior da Bahia. “Resolvida essa questão a partir da nossa proposta de retirada, da rodada, dos blocos ligados ao pré-sal, o resultado poderá ser revertido em grandes investimentos para todo o estado”, assegurou Lima. “Outro ponto importante hoje é fazer com que o Congresso aprove, até o primeiro trimestre de 2010, os quatro projetos de marco regulatório para o pré-sal”, arrematou.

De Salvador,
Camila Jasmin