Putin diz a EUA que analisem consequências de sanções ao Irã
O chefe de governo russo, Vladímir Putin, manteve conversações nesta sexta-feira (19) com a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, e declarou que é possível aprovar sanções contra o Irã, mas não se pode ter certeza de que elas surtam o efeito desejado.
Publicado 19/03/2010 17:45
"É possível aprovar sanções contra Teerã, mas não se pode ter certeza de que elas surtirão o efeito desejado. E mais, o efeito pode ser o contrário", advertiu Putin, citado pelo chefe-adjunto do gabinete do governo russo Iúri Uchákov.
Hillary, que trouxe à baila o tema iraniano, expôs as posturas dos EUA diante das "ameaças" de Teerã e da “imprevisibilidade do presidente iraniano Ahmadinejad".
Segundo a chefa da diplomacia estadunidense, "é necessário começar a elaborar já a resolução sobre as sanções e enviar um sinal a Teerã", trovejou.
Em encontro com Serguei Lavrov, seu homólogo russo, ambos os chanceleres se mostraram "esperançosos" de que um novo tratado de desarmamento nuclear seja assinado muito em breve.
"Já estamos muito próximos da assinatura do documento. Os negociadores conseguiram resolver os problemas mais difíceis e restam apenas alguns de caráter técnico, que serão resolvidos em pouco tempo", assinalou Hillary, sem mencionar prazos.
Moscou e Washington mantêm as negociações sobre a assinatura do novo tratado desde o verão de 2009. O tratado anterior expirou em dezembro de 2009.
Lavrov e Hillary também se reuniram nesta sexta-feira com o presidente russo Dmitri Medviédev.
Da redação, com informações da RIA Novosti