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Brandindo sanções, ONU quer induzir Irã a negociar

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon pediu nesta quarta-feira (24) ao governo iraniano que volte às negociações com os seis mediadores internacionais — Rússia, China, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos e França — sobre a questão do programa nuclear do país.

O pedido ocorre logo em seguida à divulgação, pela mídia de que diplomatas dos seis países estariam discutindo a aplicação de novas sanções contra a República Islâmica.

A agência russa de notícias RIA Novosti afirmou que a reunião dos diplomatas acabou em fracasso porque a China mantém a posição de não aplicar sanções e preferir o diálogo com o país.

Pequim tem repetidamente renunciado a autorizar sanções contra o Irã, que é pressionado pelas potências imperialista pelo seu programa de energia nuclear. Segundo o ocidente, o programa nuclear pode ser usado para desenvolver armas nucleares, enquanto o Ira nega peremptoriamente que vá desenvolver o programa para além do uso pacífico da energia.

O secretário-geral da organização disse que o "Irã deve retornar às negociações", agregando que "novamento peço que essa questão seja resolvida pacificamente por meio do diálogo, o mais cedo possível".

O Irã recentemente elevou a capacidade de enriquecimento de urânio a 20%, em seguida a um plano fracassado da Agência Internacional de Energia Atômica, que pretendia enriquecer o urânio do Irã na Rússia, para depois repassá-lo à França, onde seria convertido em combustível para reatores de pesquisa e devolvido para Teerã.

O Irã solicitou que a troca fosse realizada em seu território e a ausência de resposta da organização internacional fez com que o país passasse a enriquecer sozinho o urânio, de acordo com as suas necessidades.

O fato levou os Estados Unidos a renovarem a pressão a favor de sanções contra o país.

O enviado especial da China ao encontro dos seis mediadores, Li Baodongo, reafirmou o posicionamento do país em relação ao tema.

"Consideramos que é muito importante manter a paz e a estabilidade no Oriente Médio. As soluções devem ser alcançadas mediante negociações e conversas pacíficas" disse, agregando que "agora estramos trabalhando com outros membros, junto com a comunidade internacional, para achar uma solução pacífica para essa questão".

A Rússia também pediu à comunidade internacional um esforço para resolver o impasse com os iranianos por meio da diplomacia. Entretanto, a liderança do país não colocou de lado a possibilidade de usar "sanções razoáveis" contra o Irã, caso a república islâmica não prove a natureza pacífica de seu progresso nuclear.

O ministro de Relações Externas russo, Sergei Lavrov, citou o presidente do país, Dmitri Medviédev durante conversas com a chanceler dos EUA, Hillary Clinton, afirmando que "sanções raramente funcionam, mas tem horas que são inevitáveis".

Da redação, com RIA Novosti e Xinhua