Peru: TLC não melhorou emprego nem direitos trabalhistas
O especialista peruano em temas trabalhistas Julio Gamero disse nesta quinta-feira (25) que o Tratado de Livre Comércio (TLC) com a União Europeia (UE) não melhorou as condições de emprego nem os direitos dos trabalhadores no Peru.
Publicado 25/03/2010 18:41
Pelo contrário, em alguns aspectos, eles pioraram: o número de negociações coletivas se reduziu de 434, em 2007, para 364, em 2008, e 233, em 2009.
As inspeções de segurança e saúde em na região metropolitana de Lima voltaram a cair, entre 2008 e 2009, de 742 para 326, enquanto o número de trabalhadores sindicalizados também diminuiu em termos percentuais, entre 2007 e 2009, de 7,1% para 4,5%, em relação ao total de assalariados privados registrados.
No setor de agro-exportação, que seria, supostamente, o mais beneficiado pelo acordo comercial com a UE, somente existem 5 sindicatos, de quase 1.500 empresas agroexportadoras, e a taxa de sindicalização apenas supera 2% dos trabalhadores do setor, cifra abaixo da média nacional, que está em 4,5%.
Entre as empresas de agro-exportação, somente houve 4 negociações coletivas, de um total de 419 que aconteceram a nível nacional em 2008.
Fonte: Adital