Moisés insiste pelo fim da greve da Educação

O líder do governo na Assembleia Legislativa, Moisés Diniz (PCdoB), se reuniu ontem numa das salas de reunião da casa com uma comissão de professores em greve, tentando uma alternativa para que as negociações sejam retomadas.

Ele lembrou que o governo comunicou o fim das negociações e que ele próprio tomou a iniciativa de convidar os professores para uma reunião em busca de uma solução que contemple, principalmente o povo, pois da forma como está indo, o movimento vai derrotar os dois lados.

A reunião, de acordo com Moisés, não foi iniciativa da Aleac, nem do governo, nem do líder do governo. “Foi iniciativa minha como cidadão, deputado e professor”, comentou. O deputado lembrou que a greve já dura 26 dias, dos quais 18 são dias úteis, quase quatro semanas sem aulas. “Durante este período foram 15 reuniões, reuniões todos os dias e à vezes duas reuniões por dia e não se chegou a um acordo”, disse.

O deputado afirmou que existe uma forte pressão da sociedade para que a greve chegue ao fim, pois pais e alunos estão angustiados por um desfecho. Por esta razão, Moisés disse que decidiu dialogar com a categoria, pois conhece os dois lados da mesa de negociação. O problema, segundo ele, é que também falta um acordo interno no movimento, pois até mesmo na questão jurídica há divergências. “Não se sabe qual é a margem que pode ser dada de reposição de perdas salariais”, revelou.

O deputado acredita que, sendo um ano eleitoral, este movimento pode resultar em perdas para ambos os lados, por isso a necessidade de encontrar o caminho do meio. Moisés adiantou que os professores iriam se reunir ainda ontem em busca de uma posição e procurariam a Aleac novamente para que os parlamentares apoiem a reabertura de um caminho de negociação entre professores e o governo.

Professores debatem três novas propostas

A nota do governo do estado publicada nos jornais de ontem revoltou os trabalhadores em educação que durante as manifestações criticaram a forma com que os professores e servidores de apoio estão sendo tratados nas negociações.

No documento, o governo romperia com as negociações, mas ainda na manhã de ontem o líder do governo na Assembléia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Moisés Diniz (PCdoB), convocou representantes das categorias. O objetivo da reunião foi pedir aos professores e profissionais de apoio que eles pudessem formular uma nova proposta.

Com a possibilidade de um novo encontro entre trabalhadores e equipe do governo, as categorias começaram a debater três propostas, entre elas a transformação do prêmio de valorização em um aumento linear para todos os servidores, além da antecipação da mudança de letra.

“Na primeira proposta, apenas 2,5 mil professores dos mais de 5,5 mil seriam beneficiados, por isso decidimos levar para a aprovação da categoria a antecipação linear de letra para todos os professores, o que causaria o reajuste de quase 10%”, afirmou a presidente do Sindicato dos Professores Licenciados (Sinplac), Alcinele Gurgel.

A decisão final será tomada na quadra do Colégio Barão do Rio Branco (CEBRB), onde os profissionais poderão opinar sobre a forma de elevação salarial. “Preferimos mudar de espaço para reunir os professores que terão espaço para debater sem se preocupar com o sol”, falou a sindicalista. A greve completa hoje 27 dias de duração.

Fonte: A Tribuna