Heloisa representa a resistência cultural do Recife, diz Luciano

Segundo Luciano Siqueira sua proposição à Câmara Municipal do Recife de concessão do título de cidadã recifense a Heloísa Arcoverde não se deveu apenas à “amizade e ao reconhecimento do seu trabalho, pela sua obra, pelo que tem construído em sua atividade profissional ao longo de toda uma vida em nossa cidade. Peço a Heloísa que se sinta homenageada, sim, mas se sinta também representando a resistência cultural de nossa cidade, nossos escritores, nossos músicos, poetas, escultores, um pouco de todos os que contribuem para a cultura na cidade do Recife”, afirmou.

Em sua saudação, o parlamentar destacou ainda a história da formação do Recife e sua eterna vocação cosmopolita. “Nossa cidade de cerca de 470 anos nasceu como porto, e como tal para trocar mercadorias, exportar o pau-brasil e outros produtos para Portugal e toda a Europa. Desde o seu nascedouro, o Recife é uma cidade cosmopolita, aberta ao mundo, que trocou mercadorias, influências e ideias, que dialogou com muitas culturas, que até hoje, ao logo de sua história, dialoga com outras gentes e com outras culturas. E a despeito disso, é uma cidade que pode construir uma identidade cultural própria, que contou com muitos fazedores da cultura, em suas diversas modalidades, entre eles Heloísa Arcoverde”, enfatizou Luciano.

Para o vereador, “nós temos reinventado o modo de nossa gente sofrer, amar, lutar, alimentar suas dores, seus amores e suas esperanças, porém preservando sempre as nossas raízes e a nossa identidade. Aqui está Fred Zero4, um dos ícones da nossa cultura no presente, e eu ousaria dizer, Fred e Heloísa, que o movimento manguebeat não é outra coisa senão uma demonstração clara de que aqui estamos abertos a outras culturas, mas os que aqui chegam e as influências que aqui aportam sofrem também as nossas próprias influências e, portanto, aquilo que aqui chega é retrabalhado segundo o jeito da nossa gente”.

Fonte: Site do Vereador Luciano Siqueira