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Chávez critica sanções contra Irã e acusa EUA de cinismo

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criticou a nova rodada de sanções contra o Irã aprovada nessa quarta-feira (9) pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e qualificou de "cínica" a insistência dos Estados Unidos em punir a nação islâmica por seu programa nuclear.

"Ahmadinejad disse que as sanções do Conselho de Segurança da ONU não valem um centavo para a nação iraniana. Bem dito, caramba. Por que não sancionam Israel?", criticou Chávez. Para ele, os EUA são "cínicos" em sancionar o Irã e não Israel, o qual "massacra, assassina, não cumpre as resoluções das Nações Unidas, mata, invade, e faz o que lhe dá na cabeça".

O governo da Venezueal emitiu nota na qual rechaça o acordo. "Ignorando os esforços que países de boa vontade empregaram para alcançar, junto a Teerã, um acordo sem precedentes em matéria de cooperação nuclear, o Conselho de Segurança arremete de novo contra a dignidade da nação persa", diz o texto.

A Venezuela lembra ainda que a "insólita decisão" acontece poucos dias  depois de o governo de Israel ter provocado "um massacre em águas internacionais, sem que o Conselho de Segurança fosse capaz de condenar o país agressor, deixando à mostra que carece de legitimidade ética e da representatividade necessárias para garantir a paz verdadeira e a justiça no mundo".

O texto de caracas reitera seu respaldo às aspirações do Irã em relação ao uso de energia nuclear para fins pacíficos e condena as sanções, que, segundo a Vnezuela, estão orientadas a atrapalhar a marcha do Irã até o desenvolvimento e o bem-estar.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou por 12 votos a 2, com abstenção do Líbano, a quarta resolução punitiva a Teerã desde 2006. Os países contrários ao pacote foram Brasil e Turquia, os dois países que assinaram em maio um acordo com o governo de Ahmadinejad, que atendia àquilo que fora proposto pela própria ONU. O tratado estabelece que Teerã envie 1,2 tonelada do combustível nuclear enriquecido em 3,5% a outro país, onde será enriquecido a 20%.

O pacote de sanções, entre outras coisas, impede que o Irã compre armas pesadas e recomenda os outros países a bloquearem transações comerciais com bancos iranianos que podem ter ligação com o programa nuclear. Logo após a provação das medidas, Ahmadinejad disse que "as sanções não tem valor algum" e "vão direto para o lixo".

Com agências