Sem categoria

Bombardeio dos EUA mata 8 alemães no Paquistão

Oito cidadãos alemães e três paquistaneses morreram nesta segunda-feira (04) em um ataque com aviões não tripulados norte-americanos, na região paquistanesa do Waziristão do Norte, na fronteira com o Afeganistão. O ataque, que atingiu uma mesquita na localidade de Mirali, ocorreu um dia depois que os EUA e a Grã-Bretanha alertaram para um suposto aumento no risco de atentados terroristas na Europa.

Na semana passada, fontes de segurança haviam dito que um grupo que atua no norte do Paquistão supostamente estaria tramando atentados. Os estrengeiros mortos ontem eram suspeitos de pertencer ao grupo radical Jihad Islami, que estaria envolvido no planejamento desses ataques, segundo fontes da inteligência paquistanesa.

O serviço de inteligência já havia dito que um grupo de jihadistas alemães estaria por trás do plano. Mas não ficou claro se o ataque de ontem atingiu especificamente estas pessoas. Os jihadistas seriam da cidade de Hamburgo.

"As pessoas estavam se reunindo na mesquita para orações quando um míssil atingiu o prédio", disse Mohammad Alam, morador de Mirali, por telefone à Reuters.

Os Estados Unidos têm intensificado seus bombardeios teleguiados contra militantes islâmicos no noroeste paquistanês – só em setembro foram 21 ataques, maior número em um só mês. Não está claro, no entanto, qual a relação dessas operações com as suspeitas de complôs terroristas na Europa.

O governo do Paquistão, embora seja aliado da Otan, tem protestado contra os bombardeios, e bloqueou uma rota de abastecimento para as forças ocidentais no Afeganistão em represália a um ataque que matou três soldados paquistaneses na semana passada.

O alerta feito no domingo sobre atentados na Europa se baseou em informações sobre um grupo de indivíduos – alguns deles cidadãos europeus – que estariam agindo no montanhoso norte paquistanês.

A imprensa diz que as informações foram reveladas por Ahmed Sidiqi, um alemão de origem afegã, que supostamente está preso desde julho na base militar norte-americana de Bagram, no Afeganistão.

Os EUA e seus aliados dizem que os bombardeios com aviões teleguiados são muito úteis no combate à Al Qaeda, mas o Paquistão se queixa das vítimas civis deixadas por esses ataques, e temem que isso complique seus próprios esforços para enfrentar os militantes.

Analistas dizem, porém, que não seria possível alvejar alvos de alto valor sem a ajuda dos serviços paquistaneses de inteligência.

Com agências