Caso Mércia Nakashima será julgado em Guarulhos

Dois dos três desembargadores votaram pela manutenção do processo na cidade

Os desembargadores da 12ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiram nesta quarta-feira (24) que o julgamento do caso Mércia Nakashima deve ser feito em Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo a assessoria do TJ, foram dois votos a favor da manutenção do processo na cidade onde a vítima morava e um contra.

O pedido para transferir o caso para Nazaré Paulista, a 64 km de São Paulo, foi feito pela defesa de um dos acusados, Mizael Bispo. O argumento usado é que, pela lei, o processo deve ocorrer no local onde a vítima morreu. O advogado Samir Haddad Júnior já adiantou que vai recorrer da decisão ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).

– Meu entendimento sobre a competência do caso não mudou. Vamos entrar com o recurso o mais rápido possível.

O laudo necroscópico apontou que Mércia morreu afogada na represa da cidade. Mas o promotor do caso, Rodrigo Merli Antunes, alegou que o crime teve início em Guarulhos, onde a advogada desapareceu no dia 23 de maio.

A notícia da manutenção do caso em Guarulhos foi motivo de alegria para a família. A mãe de Mércia, Janete Nakashima, diz acreditar que a decisão evita atrasos no processo.

– Estamos mais aliviados em saber que o júri será aqui em Guarulhos. Mudar para Nazaré Paulista só atrasaria ainda mais o caso, que já completou seis meses.

Com a decisão do TJ, o juiz Leandro Bittencourt Cano deve decidir se os dois acusados da morte da advogada, Mizael Bispo e Evandro Bezerra Silva, devem ir a júri popular. A audiência para ouvir as testemunhas de defesa e de acusação ocorreu entre os dias 18 e 21 de outubro em Guarulhos. Além das 21 pessoas listadas pela promotoria e pelos advogados dos acusados, o juiz interrogou os dois réus.

A partir de agora, os advogados de defesa dos réus e a promotoria terão um prazo de cerca de dez dias, cinco dias cada um, para fazer as alegações finais do processo. Depois, o juiz terá mais dez dias para decidir sobre o júri popular.

Fonte: R7