Direção do PCdoB/AP aprova balanço eleitoral 2010

No último sábado, 11, a direção do PCdoB do Amapá aprovou seu balanço eleitoral. A reunião aconteceu no Centro de Difusão Cultural Azevedo Picanço, em Macapá. A tônica do debate se deu em torno da necessidade de os comunistas buscarem a unidade como forma de fortalecer o partido para os novos desafios do cenário político amapaense. Leia a seguir a integra o documento aprovado.   

Bandeira

Balanço eleitoral do PCdoB-AP

“A vitória de Dilma Rousseff – que alcançou 56,05% dos votos válidos nas eleições de 31 de outubro – tem sentido estratégico, avança no caminho traçado pelo programa do Partido Comunista do Brasil. Se houvesse uma derrota eleitoral agora, truncaria nosso avanço no sentido do objetivo maior programático. É a maior vitória política do povo brasileiro no grande embate eleitoral de 2010. Dilma é eleita com a segunda maior votação da história política brasileira, sendo a primeira mulher a ser eleita presidente da República (Renato Rabelo).

1)- O resultado das eleições de outubro de 2010 no Brasil é um feito histórico inédito porque é a terceira vitória consecutiva de forças avançadas do país. O ciclo aberto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 permitiu às forças democráticas, progressistas e de esquerda atingir o poder central. Jamais se tinha alcançado até aqui a execução de um programa que combinasse soberania nacional, desenvolvimento econômico, distribuição de renda, inclusão social dos deserdados e liberdades políticas.

2)- Esta vitória repercutiu em vários países, em outros continentes, reforçando o papel alcançado pelo Brasil de nação respeitada no mundo e estimulando a nova situação política vivida na América Latina, a partir da formação de governos soberanos, democráticos e populares.

3)- A campanha de Dilma Rousseff teve de enfrentar uma campanha feroz e odienta de José Serra e seus aliados da direita que colocou no centro do debate a questão religiosa e o problema do aborto. Juntos patrocinaram a mais feroz e intensa oposição, considerando os poderosos meios de comunicação envolvidos e a conformação de santa união de forças conservadoras, retrogradas e obscurantistas, que agiram desbragadamente para barrar o êxito eleitoral da campanha de Dilma.

4)- O nosso partido cresceu em sua votação em relação a 2006 num percentual de 37,08%. Ampliou a sua bancada de 13 para 15 deputados federais (sendo 6 mulheres) e de 1 para 2 senadores. Nas Assembléias Legislativas, aumentou de 12 para 18 representantes. Esses números ainda podem crescer se forem superadas pendências jurídicas.

5)- Vale ressaltar que para o senado, em relação a 2002, agora em 2010, o partido quase dobrou a sua votação, atingindo a quarta colocação entre os demais partidos. O vereador de São Paulo Netinho de Paula teve mais de 7 milhões de votos, apesar da campanha racista que sofreu.

6)- O partido ainda se destacou no Maranhão com a candidatura de Flávio Dino para o governo do estado, que por um número reduzido de votos não foi para o segundo turno das eleições. Isso demonstra a vitalidade eleitoral do PCdoB e boas perspectivas para o futuro. Novas batalhas virão. Em 2012 e 2014 o partido certamente irá crescer ainda mais.

7)- Aqui no Amapá a candidata Dilma Russeff ganhou no 1º e no 2° turno das eleições. Praticamente todas as candidaturas apresentadas na disputa eleitoral do estado fizeram campanha para a candidata do PT, somente o PSDB levou a candidatura de José Serra. A senadora Marina Silva (PV) também teve expressiva votação.

A eleição no Amapá

8)- A eleição de Camilo Capiberibe pode-se dizer que é resultado da “Operação Mãos Limpas”, deflagrada dia 10 de setembro pela PF. O povo andava descontente, percebia que algo não andava certo e a “operação” acabou trazendo mais nitidez às denúncias.

9)- Não podia Pedro Paulo (PP) e Waldez Góes (PDT), presos pela Policia Federal e exposto na mídia nacional, esperar outro desfecho senão a derrota. Waldez Góes uma grande liderança política, com dois mandatos de deputado estadual e dois mandatos de governador, com uma reeleição em primeiro turno, apesar de todo achincalhe, verdades e inverdades, cravou mais de cem mil votos. O PDT, partido do qual é líder fez 04 deputados estaduais e um federal. Naturalmente que ai se soma o mérito de cada um, mas quem contabiliza os resultados é sempre o Partido.

10)- Pedro Paulo com menos tempo de estrada, nunca havia sido testado nas urnas, em carreira solo, recebeu um governo cheio de problemas, com uma dívida de mais de 1 bilhão de reais, uma verdadeira batata quente, por assim dizer, e ganhou de brinde a “Operação mãos limpas”. Chegou a quarenta e cinco mil votos. Foi até bom de voto pra quem não tinha militância e com o apoio de poucos aliados (muitos pularam do barco), pode-se dizer que não foi tão mal.

11)- A campanha teve dois momentos distintos. Pré-Mãos Limpas e pós-Mãos Limpas. O mote da eleição no período pré-maõs limpas foi à mudança. A crítica era centrada na saúde, infra-estrutura e educação, principalmente. No Pós entrou também o da moralidade, da ética. Os dois candidatos que se apresentaram como alternativa de mudança foi Lucas Barreto (PTB) e Camilo Capiberibe (PSB). Porém Camilo foi o mais convincente para os eleitores de que era a verdadeira mudança. Cresceu mais que Jorge Amanajás (PSDB) e foi para o segundo turno e no confronto com Lucas conseguiu caracterizar que ele era a continuidade de uma aliança que havia se rompido em 2004. E que era candidato do “Senador Sarney” e Jaime Nunes “seria o responsável pelo fechamento do mercado amapaense para grandes empresas”. O apoio de Waldez Góes a candidatura de Lucas ajudou Camilo a estabelecer para o eleitor essa relação de continuísmo que a população já mostrava rejeição.

12)- No primeiro turno acirrado Camilo Capiberibe ganhou na capital e Lucas no interior. Camilo e aliados foram mais eficientes em reverter à situação no interior e ampliar a diferença na capital. Lucas Barreto mesmo com a adesão do prefeito Roberto Góes e mais 11 prefeitos de outros municípios, não conseguiu alcançar o eleitor da capital. A diferença no primeiro turno na capital que foi de pouco mais de dezesseis mil votos aumentou para vinte e dois mil.

13)- Vimos, portanto, mudança no eixo, na realidade o poder político, ou melhor, parte dele volta para mãos de um grupo PSB/PT, ampliados por outros partidos, inclusive o PCdoB, no 2º turno, que já esteve no poder desde 1994 ate 2002. PT, PSB e PCdoB são aliados históricos e juntos protagonizaram muitas conquistas para a vida da população. Aliás, é bom que se diga, o principal fator que contribuiu para a vitória de Camilo Capiberibe no 2° turno foi a sua capacidade de articulação e de amplitude, que resultou num grande palanque com 11 partidos, 04 deputadas federais, 01 senador, 03 prefeitos, diversos vereadores e mais de 15 deputados estaduais; além de lideranças do movimento social.

14)- Ao Camilo Capiberibe e seus aliados políticos cabe resgatar a auto-estima do povo do Amapá e a moralização da máquina administrativa, esse é um clamor da sociedade que não pode ser ignorado. Administrar com eficiência, eficácia e transparência da coisa pública. E fazer com que o Amapá esteja atento no que concerne à gestão de recursos públicos. Para isso devem contar com o apoio das bancadas no Senado na Câmara dos Deputados e na Assembléia.

15)- Na disputa para o senado o cenário sofreu mudanças também na reta final. As candidaturas de Waldez Góes (PDT) e Capi (PSB), dois ex-governador, que despontavam como favoritas nas pesquisas de opinião o primeiro sofreu forte abalo com a operação “mãos limpas”. Culminando na prisão e condução a Brasília.

16)- Com isso, dois personagens de esquerda da política amapaense consolidaram Capi (PSB, que já foi Governado de 1994 a 2002) e Randolfe Rodrigues (P-SOL) que saiu da quarto posição.
17)- Randolfe Rodrigues, o mais jovem senador eleito do Brasil, foi o candidato mais votado ao senado da República pelo estado com 203.257 votos e é a grande sensação da política amapaense na atualidade.

O primeiro turno das eleições

18)- O Partido no primeiro turno procurou estabelecer como tática a aliança com os partidos e lideranças políticas que estiveram juntos nos últimos 08 (oito) anos em torno do governo de Waldez Góes (PDT). O candidato ao governo apoiado pelo partido foi o vice-governador Pedro Paulo Dias (PP) que exerceu a titularidade do GEA com a renúncia de Waldez que foi disputar uma das vagas ao senado.

19)- Enquanto o PCdoB esteve aliado com o PDT de Waldez Góes ajudou na conquista de importantes vitórias para o povo amapaense. Conseguiu crescer e se expandir em todo o estado. Entretanto, essa relação se esgotou no 1º turno das eleições.

20)- Na disputa majoritária o nosso candidato ao governo do estado Pedro Paulo emplacou um 4º lugar, e o nosso candidato ao senado Waldez Góes, igualmente, acabou ficando na quarta posição.

21) Este resultado só se configurou em virtude dos fatos acima narrados. Os dois candidatos apoiados pelo partido tinham grandes possibilidades de vitória, mas foram afetados politicamente pelas denúncias ha poucos dias das eleições.

22) Articulamos uma ampla aliança para a câmara dos deputados (PDT-DEM-PP-PR-PCdoB-PRB-PTdoB,PHS-PSL) que elegeu três deputados federais, entre esses, o camarada Evandro Milhomen com quase 14.000 votos.

23)- A campanha do nosso candidato a câmara dos deputados não chegou a sofrer grandes abalos em virtude da Operação “Mãos Limpas”. Com um trabalho desenvolvido na área de Cultura e Pesca de nosso Estado e o Partido unido com uma campanha de bom visual e com bom desempenho na TV e Rádio foi possível chegar à vitória com 3.000 votos a mais que em 2006, ou seja, a votação final foi de 13.974 votos.

24)- Com esse resultado e pode-se dizer que o partido cumpriu bem com a sua principal meta e sal parcialmente vitorioso do pleito, pois não conseguiu eleger Deputado Estadual.
25)- Para a disputa a uma cadeira na Assembléia Legislativa o partido firmou aliança apenas com o PP que possibilitaria a eleição de 02 a 03 deputados e daria ao partido boas possibilidades de disputa. No final a coligação elegeu apenas dois deputados do PP e conquistamos a segunda suplência com o camarada Marlon Oliveira com quase 2.000 votos.
26)- Para essa disputa o partido apresentou 06 (seis) candidatos a uma das vagas na Assembléia Legislativa. Os nossos candidatos com uma campanha modesta, sem recursos e sem uma base política material consolidada, tiveram inúmeras dificuldades no processo eleitoral o que resultou num desempenho modesto.

27)- Acrescentando a isso, o fato de não termos garantido a unidade de uma considerável base política do partido para os nossos candidatos a deputado estadual. Particularmente os vereadores e boa parte dos nossos gestores e demais lideranças que se limitaram em apoiar somente o deputado federal sem levar em conta a necessária da dobrada com o Estadual do Partido. Muitos acabaram apoiando candidatos de outras legendas, o que pro PCdoB é inaceitável.

28)- Um outro aspecto que contribuiu para a não eleição de um deputado estadual foi o partido não ter conseguido tirar uma posição de concentração de nossas forças em torno de uma candidatura que pudesse ter mais viabilidade eleitoral, o que em situações como essas de coligações com outro partido se faz indispensável.

29)- No balanço final do primeiro turno, foram eleitos 04 (quatro) deputados federais de esquerda (02 do PT, 01 do PCdoB e 01 do PDT); 01 (uma) deputada do PMDB, mais ao centro; 01 (um) deputado do DEM, 01 (um) do PSDB e 01 (um) do PRTB, com viés mais a direita.
30)- Na Assembléia Legislativa, dos 24 deputados eleitos apenas o PSB (02 deputados) e o PDT (04 deputados), considerados partidos mais à esquerda conseguiram ter representação naquela casa. Os demais deputados eleitos podem ser caracterizados de centro e centro-direita. Houve uma boa renovação, na base de 40%.

31)- Para o senado foram eleitos dois candidatos nitidamente de esquerda: João Alberto Capiberibe (PSB) e Randolfe Rodrigues (P-SOL).

32)- Na disputa para o governo do estado foi confirmado à vitória para o 2º turno das eleições do candidato Lucas Barreto (PTB) e, na última hora, a ultrapassagem de Camilo Capiberibe (PSB) ao candidato Jorge Amanajás (PSDB) por uma diferença apertada de votos.

33)- Com o fim do primeiro turno e com o resultado das urnas o partido compreendeu que tinha cumprido um ciclo de alianças com as forças políticas mais ao centro que saíram muito desgastadas depois da operação desencadeada pela Polícia Federal. Um reposicionamento do partido no estado era uma necessidade que se impunha naquele momento.

34)- Na disputa do 1º turno das eleições a direção estadual do partido atuou procurando criar condições favoráveis de disputa para os nossos candidatos. Uma prova disso foram às alianças construídas que foram amplas e competitivas pra nós.

35)- Trabalhou junto ao comando de campanha do candidato majoritário buscando sempre conseguir apoio material pra nossa campanha.

36)- Por outro lado, apresentamos ainda certas debilidades que dificultaram uma ação mais ampla e eficaz. O espontaneísmo ainda é uma marca de nosso partido no estado. Muitos camaradas resolveram por conta própria assumir tarefas por eles mesmos definidas no processo eleitoral, sem levar em conta as reais necessidades do partido.

O partido no segundo turno

37)- No segundo turno, diante da derrota de seu candidato ao GEA, o partido se empenhou em compreender melhor o significado da disputa do 1º turno e do movimento que estava acontecendo na política do Amapá. Passou a se debruçar na análise política do que representava para o estado e para o partido as duas candidaturas em disputa no segundo turno.

38)- Depois de um amplo processo de consultas com as bases partidárias e de debates na direção do partido, inclusive com os candidatos em disputa no 2º turno, resolvemos dar apoio ao candidato que melhor representava o sentimento de mudanças da população e da tendência progressista que se formara. O povo não aceitava mais ver o seu estado exposto de forma negativa na mídia nacional. Passamos então a fazer parte da formação de um campo mais a esquerda que se expressava na candidatura de Camilo Capiberibe (PSB). Naquele momento era fundamental para o partido se reaproximar de uma candidatura que se propunha a “passar a limpo” o estado diante da situação vexatória promovida pela operação “Mãos Limpas”.

39)- A posição tomada pelo Partido no 2º turno contou com apoio de grande parte de nossa militância, até filiados que estavam afastados da vida partidária retornaram unindo-se ao esforços de garantir a vitória da Camilo. Entretanto, nosso Deputado Federal tomou uma posição de abstenção, bem como os gestores institucionais, atitude inaceitável diante do quadro político que vivíamos.

40)- Com uma bela campanha e um programa amplo e sintonizado com os anseios da população vencemos as eleições e o partido saiu fortalecido do processo.

Lutar pelo êxito do governo de Camilo Capiberibe

41)- Agora o PCdoB se prepara para outra etapa, de ajudar o novo governo a administrar e tirar o estado da grave crise em que se encontra. Assim como, fazer o Amapá se tornar um Estado economicamente desenvolvido, socialmente justo, forte e influente no país. Com um governo nucleado pelas esquerdas e com forte apoio popular. Os amapaenses poderão reconquistar também a sua auto-estima e poderão presenciar uma nova maneira de governar aprofundando a democracia.

42)- Camilo Capiberibe vai pegar um estado destroçado em dívidas agudas. Mas o momento econômico vivido pelo Brasil é salutar e a Dilma foi eleita presidente, isso irá ajudar a superar os gargalos iniciais e num prazo bem razoável colocar o estado no trilho do desenvolvimento.

43)- A nossa participação no governo de Camilo tem caráter estratégico para o PCdoB.
Lutaremos pelo êxito desse governo na perspectiva da construção de um novo tempo para o Amapá. Com uma gestão democrática, progressista e sintonizado com as mudanças que o povo reclama.

44)- O nosso partido irá colaborar com o novo governo para acumular força políticas e sociais para aumentar o seu protagosnismo.

45)- Precisamos de um partido com boa participação no executivo, com forte influência nos movimentos sociais e com presença marcante no debate de idéias na nossa sociedade.

Trabalhar desde já o projeto de 2012

46)- O partido deverá começar o ano de 2011 debatendo com toda a sua militância e outras forças políticas o seu Projeto Eleitoral de 2012. O PCdoB deverá ter uma postura ofensiva na construção dos seus objetivos eleitorais futuros, sem idealismo, mas com uma visão realista de nossas possibilidades políticas.

47)- O lançamento de uma candidatura na capital do estado e em alguns municípios está dentro da realidade do partido. Irá trabalhar pela eleição de uma grande bancada de vereadores (na capital e nos municípios). A construção de chapas próprias para a disputa de vagas para vereadores na capital e nas principais cidades do estado é o caminho a ser percorrido desde já pelo conjunto do partido.

48)- Para o êxito do partido nas próximas batalhas é necessário que a unidade esteja plenamente reestabelecida. Um partido bem estruturado nas bases e com os comitês municipais funcionando satisfatoriamente. Para isso, algumas metas são fundamentais como:

a)- Reforçar a luta dos movimentos sociais, e sindicais, buscando atrair mais setores progressistas para tal;
b)- Ter no mês de março de 2011, uma referência importante para as comemorações do aniversário do partido;
c)- Realizar cursos de atualização sobre a tática e o programa socialista do partido para todas as nossas lideranças, particularmente, os detentores de mandato, de cargos executivos e membros das direções municipais;
d)- Definir uma política específica de finanças no sentido de angariar recursos materiais para dar sustentação ao projeto eleitoral de 2011;
e) Dar atenção especial aos comitês municipais, debatendo com os mesmos, práticas incorretas desenvolvidas durante o processo eleitoral de 2010 para fortalecer o compromisso com o partido;
d) Desenvolver uma massiva campanha de filiação nos anos de 2011 e 2012, envolvendo todas as lideranças do partido;
f) Promover um encontro dos vereadores comunistas diante dos desafios de 2012;
g) Realizar um Encontro da Frente Institucional, bem como, dos Movimentos Sociais.

49)- Camaradas, o momento é favorável ao crescimento do partido. Muitas lideranças têm manifestado o interesse em somar com a nossa legenda. Por isso, insistimos, o fortalecimento do partido é decisivo para o nosso projeto. Unidade e Confiança e força militante, assim como, solidez ideológica são fundamentais para a construção de um grande partido e de novas vitórias.

Viva o PCdoB!
Viva a luta do povo brasileiro!

Macapá, 11 de dezembro de 2010.
Comitê Estadual do PCdoB-AP