União aprova orçamento recorde para a Saúde

O montante de mais de R$ 77 bilhões destinados ao Ministério da Saúde é o maior desde 1995, quando do primeiro Governo Fernando Henrique Cardoso (R$ 91 bi). De lá pra cá, a dotação prevista para a área girou em torno dos R$ 53 bi. Com o atual orçamento, a pasta fica atrás apenas da Previdência Social, que contará com R$ 291 bilhões.

Um levantamento da ONG Contas Abertas sobre o período de 96 a 2010, divulgado nesta sexta-feira (7/1), aponta 2003 com a menor dotação orçamentária: R$ 44,6 bilhões no início do governo Lula. No ano passado, entretanto, a quantia havia atingido seu maior valor até então: R$ 67,5 bi. “Realmente, é um momento histórico para a saúde brasileira e acredito que isso minimizará os sacrifícios que a população vem tendo nesse campo”, afirmou a deputada federal do PCdoB, Alice Portugal.

Ainda de acordo com o Contas Abertas, a maior fatia do orçamento – R$ 36,3 bilhões – irá para a área de assistência ambulatorial e hospitalar especializada, dos quais R$ 30 bi serão destinados ao atendimento da população em procedimentos de média e alta complexidade. Outra prioridade do Ministério é o programa de Atenção Básica a Saúde, que contará com uma verba de R$ 12,2 bilhões. “Os investimentos são prioritariamente vetorizados para a área da assistência direta à população, aquisição equipamentos e construção de hospitais. Então, o orçamento da União vem para garantir melhor qualidade da assistência à saúde”, destacou Alice.

A parlamentar aponta a vastidão territorial do país como um dos entraves para compor uma estrutura de saúde satisfatória em todos os níveis. “Regiões longínquas sem médico e a dificuldade de massificação de assistência a patologias graves, que precisam de medicação de alto custo, ainda são problemas a serem enfrentados. E os enfrentaremos melhor com esse orçamento, mas ainda teremos que buscar novos reforços”, pontuou.

De Salvador,
Camila Jasmin