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Unegro e UBM farão ato em repúdio a Bolsonaro

Na última segunda-feira (28) o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) deu declarações notadamente racistas e assumidamente homofóbicas em programa de televisão. Em resposta, a coordenadora da União Brasileira de Mulheres do Rio de Janeiro (UBM-RJ) e o vereador Jamil Murad (PCdoB-SP) manifestaram em nota sua indignação diante das posturas de Jair Bolsonaro. A União Negros pela Igualdade (Unegro) organiza ato no Rio de Janeiro, do qual a UBM participará.

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A nota da coordenadora da UBM-RJ, Helena Piragibe, é quase um desabafo. A militante inicia o documento dizendo-se em "estado de choque" e afirma que "é  impossível não reagir e não se indignar que em pleno século 21 um representante do povo tenha atitudes tão incompatíveis com seu cargo e com a Constituição Federal de 1988, que tem como cláusula pétrea a igualdade de gênero e raça". (Leia a íntegra, anexa ao final desta matéria).

Ao final da nota, Helena convoca para um ato organizado pela Unegro que será realizado na próxima terça-feira (5), às 17 horas, na Cinelândia (Rio de Janeiro).

Jamil Murad

O vereador Jamil Murad também lançou uma nota de repúdio às deploráveis declarações dadas durante o programa CQC do dia 28 pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). O vereador protocolou sua moção na tarde desta quarta-feira (30). Na ocasião, o deputado disse ter saudades da ditadura militar e dos generais interventores Geisel, Médici e Figueiredo. Além disso, disparou respostas homofóbicas e racistas para perguntas feitas por telespectadores. “Não nos calaremos diante daqueles que enaltecem um episódio histórico tão triste quanto a ditadura”, disse Jamil durante a sessão.

Segundo ele, “a Constituição, a democracia e a igualdade são valores que devem guiar nossas ações como homens públicos e como sociedade”. E ressaltou: “as Forças Armadas são extremamente importantes para garantir a soberania nacional, mas não devemos nunca defender um golpe”.

Na moção, o vereador coloca que as declarações dadas por Bolsonaro relativas a questões de cor da pele e orientação sexual “podem ser configuradas como crime de racismo, crime este inafiançável”, acrescentando que tais declarações são “inadmissíveis e devem ser veementemente repudiadas por todos os que se apresentam como favoráveis à igualdade e à democracia”. (Leia a íntegra da moção apresentada pelo vereador Jamil Murad, anexada abaixo).

Da redação, Luana Bonone, com informações do site do vereador Jamil Murad