Fórum debate a mortalidade materna em Salvador

Ampliar a mobilização social pela redução das mortes de gestantes e construir ações integradas e intersetoriais para a promoção da atenção às mulheres no pré-natal e no parto. Estes são os principais objetivos do III Fórum Municipal para a Redução da Mortalidade Materna em Salvador, que acontece nesta quarta-feira (25/5), das 8h30 às 17h, no Hotel Portobello, em Ondina. O evento é promovido pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

Realizado pela Área Técnica de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde, o Fórum tratará do tema “Integrando ação, atenção e construção para a redução da mortalidade materna em Salvador”. A discussão é de extrema importância na capital baiana, que está entre as cidades brasileiras com maior incidência de mortalidade materna do país.

No Brasil, a morte materna é uma das dez principais causas de óbito em mulheres com idades entre 10 a 49 anos, sendo que cerca de 90% das mortes poderiam ser evitadas com o atendimento adequado. Segundo dados do Ministério da Saúde, a maioria das gestantes morre devido a quatro principais causas diretas: hemorragia severa após o parto, infecções, distúrbios hipertensivos e abortos inseguros.

O risco de uma mulher em um país em desenvolvimento morrer devido a uma causa relacionada à gravidez ao longo da vida é aproximadamente 36 vezes maior em comparação com uma mulher que vive em um país desenvolvido. Por isso, a redução da mortalidade materna é um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) das Nações Unidas.

Palestrantes

Estarão presentes na abertura do encontro o secretário Municipal de Saúde do Salvador, Gilberto José Santos Filho; a representante Adjunta do UNFPA, Florbela Fernandes; a vereadora de Salvador Aladilce de Souza (PCdoB); a diretora Estadual da Gestão do Cuidado da Secretária de Saúde da Bahia (SESAB), Débora do Carmo, além da representantes do Ministério da Saúde, Aline Costa.

Fernanda Lopes, Oficial de Programa em Saúde Reprodutiva e Direitos do UNFPA, coordenará a mesa-redonda ‘Promovendo Direitos Reprodutivos e Trabalhando para Reduzir as Mortes Maternas’, que discutirá os direitos reprodutivos como direitos humanos, morte materna e violência institucional contra mulheres, e a Lei Maternidade Certa que determina que a gestante, ao se matricular no pré-natal, saiba em qual a maternidade o seu bebê irá nascer. Lei esta de autoria da vereadora Aladilce Souza.

O atendimento às mulheres grávidas com doença falciforme e os desafios para atenção à saúde integral da mulher também serão temas discutidos no Fórum, assim como as ações estratégicas para o avanço da redução da mortalidade materna do Ministério da Saúde.

Da redação local, com agências.