Encontro Sindical debate principais ações da frente trabalhista

Militantes e dirigentes do PCdoB de Goiás se encontraram neste sábado, 09 de julho de 2011, para debater Projeto de Classe e a tarefa da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-GO), além da importância discussão da frente na organização partidária. Na ocasião, esteve presente o Secretário Sindical Nacional, João Batista  Lemos.

O encontro que aconteceu no auditório do SintIfesgo recebeu ainda a presença do presidente estadual do PCdoB, Fábio Tokarski, membros do Comitê Estadual do Partido e do Municipal de Goiânia, além de membros da CTB, sindicalistas do PCdoB e de juventude. 
 
A secretária sindical do PCdoB, Ailma Maria de Oliveira iniciou a reunião falando da importância da discussão de partido na frente sindical e o comprometimento da organização partidária. Para ela, a presença dos dirigentes representava um avanço no debate sindical em Goiás.
 
O vice-presidente do PCdoB, Nivaldo Santos, discorreu sobre a importância da CTB na luta dos trabalhadores, lembrou também do grande leque de empresas e indústrias instaladas em Goiás, abrindo terreno para a atuação sindical. “Nós temos que ter muita amplitude entre os jovens que fazem parte deste universo dos trabalhadores na industria em nosso estado, a luta sindical é uma luta grande e para isso, temos também que sermos amplos”. 
 
Há mais de 18 anos na frente sindical do PCdoB, Batista informou na reunião sobre o 4º Encontro Nacional Sindical que ocorreu na Bahia no mês passado e salientou sobre a orientação delegada no Encontro. “Trabalhamos dois pontos que achamos importantes, primeiro a CTB e o projeto de classe, e segundo o fortalecimento do Partido sindicalmente”, disse. 

 
Sobre as ações da CTB, Batista falou que a atuação da entidade deve se basear no quadro político e econômico que vive o Brasil, a América Latina, a Europa, os EUA. Para ele, o mundo está em transição e indica nova divisão do trabalho. “Os países em crise estão realizando acordos internacionais que prejudicam a classe trabalhadora, com cortes de direitos trabalhistas (…) e nestas crises a classe trabalhadora é a única que sofre as conseqüências. Já na América Latina, a situação é mais favorável, não basta apenas desenvolver, é preciso ter distribuição de renda”. Para o secretário sindical, no Brasil, o apoio a Dilma para presidência foi no sentido de avançar.
 
Em sua fala, Batista explicou também a atuação da CSI – Confederação Sindical Internacional e das centrais sindicais latino-americanas. Com base nisso, o secretário, mostrou a importância de ser criada uma Central Sindical que disputasse a hegemonia no Brasil. “Crescer a CTB e se fortalecer, buscando a hegemonia da classe trabalhadora é o nosso objetivo”. Para ele, o Partido tem que ter várias instituições e sindicatos, filiados numa central plural, democrática e classista. Segundo Batista a força motriz são os trabalhadores e para os comunistas, a solução para a classe operária é lutar pelo socialismo”. 
 
Batista explicou também que a atuação da CTB terá que partir para uma nova etapa, de consolidação e organização. “Não podemos pensar de forma imediatista, mas sim conquistar o espaço com um projeto de médio, a longo prazo”.
 
Baseado nas discussões do Encontro Nacional, Batista concluiu que para isso a CTB precisará de um instituto de estudos, um apoio técnico, além de um projeto de comunicação articulado, de formação e uma grande campanha de filiação de sindicatos e garantia de independência de classe. “Assim, formaremos uma central forte, representativa de várias categorias e definiremos o rumo classista”, finalizou o secretário nacional.
O presidente estadual do PCdoB, Fábio Tokarski tomou a palavra para falar sobre a importância do entendimento da conjuntura atual, segundo ele, Goiás mudou profundamente seu potencial de desenvolvimento, antes era agropecuário, agora industrial. Fabio também citou a valorização e a qualificação do trabalho, explanou sobre a força da juventude trabalhadora, relembrou também os fundamentos contidos no Projeto de Desenvolvimento para o Brasil, como soberania e democracia. Para Tokaski, a democracia brasileira é limitada, "não existe democracia, enquanto todos não tiverem no mínimo educação, saúde e moradia de qualidade”.
 
Aberto o debate, a reunião deliberou ações para serem planejadas e pautadas na direção partidária e entre os dirigentes da CTB-GO.
 
Da redação local,
Eliz Brandão