Ceará: Médicos aderem a protesto nacional contra planos de saúde
Esta será a segunda vez este ano que os médicos vão fazer uma paralisação dos atendimentos de planos de saúde para protestar contra as operadoras. A paralisação será no dia 21 de setembro, com duração de 24 horas. Os médicos do Ceará vão aderir ao movimento.
Publicado 31/08/2011 10:11 | Editado 04/03/2020 16:31
Um dia antes da paralisação, no dia 20 de setembro, às 15h, os médicos do Ceará farão uma passeata no Centro de Fortaleza para explicar o motivo e a indignação contra os planos de saúde para a população. A concentração será na Praça da Bandeira, em seguida os médicos caminharão até a Praça do Ferreira.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (Simec), José Maria Pontes, o valor pago – por consulta – pelos planos de saúde é muito baixo: varia entre R$ 25 e R$ 40. "O que eles pagam não dá para pagar as despesas do consultório. É água, energia, IPTU, assim não dá para trabalhar", diz José Maria.
Segundo José Maria Pontes, os médicos exigem no mínimo um pagamento de R$ 70 por consulta, pois se a medida não for acatada poderá haver um rompimento geral. "O valor mínimo que exigimos é de R$ 70, mesmo o certo sendo R$ 80. Se essa situação não se resolver podemos romper de vez com os planos de saúde", comenta o médico.
Outra reivindicação, além do preço pago por consulta, é o fim da interferência das empresas na autonomia dos médicos, como recusar exames ou dificultar a internação de determinados pacientes, segundo informações da Agência Brasil.
Nas próximas semanas, as entidades médicas vão divulgar a lista dos planos que terão o atendimento paralisado. Segundo vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá Miranda, a interrupção deve atingir três ou quatro planos por estado.
Outra paralisação
No dia 25 de outubro haverá outra paralisação, desta vez, segundo o presidente do Simec em protesto ao Sistema único de Saúde (SUS).
Fonte: Simec