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Argentina inaugura seu maior parque eólico

O maior parque eólico da Argentina foi inaugurado nesta sexta-feira, na Patagônia, que se posiciona como um dos maiores polos sul-americanos de energia gerada pelos ventos, que açoitam sem trégua a desértica região sul do país.

O Parque Eólico Rawson, localizado 1.460 km ao sul de Buenos Aires, na província de Chubut (sudeste) é um empreendimento privado sem intervenção estatal, que vai gerar em sua fase final 80 megawatts de eletricidade, com capacidade de abastecer 100.000 lares, informou a empresa construtora Emgasud.

"Este parque é o maior da Argentina e quando a empresa construir outro, em dois anos, em Puerto Madryn (nr: também no sudeste argentino), com (capacidade para gerar) 220 Megawatts, este será um dos maiores polos da América do Sul", disse Carlos Serrano, porta-voz da empresa.

A inauguração, encabeçada pela presidente Cristina Kirchner, "abarca 27 moinhos (com capacidade de gerar 50 megawatts), construídos nesta primeira etapa", disse Maximiliano Ivanissevich, executivo da empresa.

Outros 16 geradores (geradores dos 30 megawatts restantes) se somarão, ao concluir a segunda fase da implantação do parque, em 2012, explicou a Emgasud, que investiu 144 milhões de dólares no empreendimento.

A energia gerada pelos ventos, cujo uso não emite dióxido de carbono e por isso é apoiada pelos ambientalistas, cresceu 23,6% no mundo em 2010, segundo o último relatório da Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA, na sigla em inglês).

A capacidade global instalada alcançou 196.630 megawatts, com a liderança proporcional da Ásia (54,6%), onde só a China concentre pouco mais da metade deste percentual, segundo a fonte.

Em capacidade de geração, o continente é seguido de Europa (27,0%), América do Norte (16,7%), América Latina (1,2%) e África (0,4%).

No Chile estão em construção ou previstos 23 parques eólicos e uma empresa francesa anunciou este ano um contrato para construir três parques do tipo no Rio Grande do Norte, nordeste do Brasil.

Segundo o relatório da WWEA, a América Latina e a África "continuam desempenhando um papel pouco relevante dentro das novas instalações" de energia eólica.

Fonte: AFP