CTB-PB apoia greve dos servidores do judiciário no estado
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) na Paraíba, vem acompanhando desde o inicio a greve dos servidores do Tribunal Regional do Trabalho, Tribunal Regional Eleitoral e do judiciário federal no estado.
Publicado 30/10/2011 09:47 | Editado 04/03/2020 16:54
Na última quarta-feira (26), a CTB participou de um ato público na Justiça Federal em Campina Grande e as 11:30 horas de uma manifestação no TRT em João Pessoa.
Na parte da tarde, a CTB participou juntamente com Servidores no Plenário da Assembléia Legislativa da Paraíba, de uma audiência pública sobre a greve do Judiciário Federal, que está completando duas semanas. A propositura da sessão foi do deputado Janduhy Carneiro, que é também servidor do TRT.
A diretoria do Sindjuf-PB participou da sessão, juntamente com representantes da Fenajufe, Astra, Assejufe, Anastra e CTB- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Como encaminhamento da sessão, será criado um documento solicitando apoio ao PCS aos Deputados da Assembléia Legislativa, que poderão subscrevê-lo, para facilitar contatos junto à bancada federal, com o objetivo de agilizar a tramitação do Plano.
Servidores
O coordenador-geral do Sindjuf-PB, Marcos Santos, falou sobre a não inclusão do PCS no relatório do projeto de lei orçamentária de 2012, bem como a retirada do Plano da pauta da CFT nesta quarta-feira (26). Marcos reclamou da falta de diálogo do Governo Federal junto aos servidores públicos, sobretudo quando se trata de políticas de remuneração. “No caso do Judiciário Federal, são cinco anos sem reajuste. Nosso salário está corroído, ano a ano, pela inflação”, enfatizou.
José Gonçalves, presidente da CTB- Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil na Paraíba, criticou o PLP 549/09, que congela os salários dos servidores por dez anos. “Para salvar os banqueiros e saldar a dívida pública, há dinheiro, mas para os servidores não,” disse.
A servidora do TRT, Sílvia Pires, falou das intensas atividades de corpo a corpo em Brasília pela aprovação do PCS. Ela conclamou a categoria a continuar lutando por suas reivindicações. “O povo unido jamais será vencido,” exaltou.
Outro assunto discutido na tribuna foi a condição do trabalho, conforme relatado pelo servidor do TRT, José de Arimateia, que denunciou que, muitas vezes, há o assédio moral nas repartições públicas. A questão também foi abordada pelo servidor do TRE-PB, José Rafael, que ressaltou que, em diversos locais de trabalho há a ameaça de corte de ponto mesmo sem a decretação de ilegalidade da greve.
A questão da quebra de autonomia entre poderes, fato ocorrido com a retirada dos valores enviados pelos tribunais superiores ao orçamento do próximo ano, por parte do Poder Executivo, foi abordada pelo servidor do TRE-PB, José Waldez.
O servidor do TRT, Chico Oliveira, falou sobre diversos parâmetros constitucionais que vem sendo quebrados. “O que estamos vivendo não é simplesmente um problema de revisão salarial, mas uma crise institucional sem precedentes, no país e no estado.
João Sexto Neto, servidor do TRT, demonstrou indignação com a demora na aprovação do Plano e declarou que não admite parcelamento no reajuste. "Recomposição salarial tem que ser já! Agora!", exigiu.
Parlamentares
O deputado Janduhy Carneiro falou da grande relevância da mobilização dos servidores do Judiciário Federal. Ele também defendeu que a reivindicação tem o apoio da sociedade, apontando dados como o de uma enquete realizada pelo site da Folha de São Paulo, na qual 73% dos participantes considera justo o PCS da categoria. Milhares de brasileiros votaram na enquete.
Outro deputado a usar da palavra foi Raniery Paulino, que abriu as portas do seu gabinete para a discussão em relação ao Plano de Cargos e Salários que engloba servidores do TRT, TRE e Justiça Federal. A greve do Judiciário Federal também recebeu o apoio do deputado José Gonçalves.
A deputada Olenka Maranhão defendeu o direito de greve do servidor público. No caso do Judiciário Federal, ressaltou que a garantia de qualidade e celeridade na prestação jurisdicional dependem do atendimento às reivindicações da categoria. Olenka se comprometeu em manter contatos junto à bancada federal paraibana em defesa do PCS.