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ONU expressa preocupação com aumento de linchamentos na Guatemala

O Escritório do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos na Guatemala expressou sua preocupação com o aumento do número de linchamentos no país.

De acordo com o órgão, ao longo de 2011 os casos já chegam a 234. Apenas em outubro foram registrados cinco linchamentos que resultaram em quatro vítimas fatais e deixaram outras cinco pessoas feridas.

A prática consiste no ato de fazer justiça com as próprias mãos, por parte de pessoas afetadas pela delinquência, que muitas vezes termina em golpes e inclusive na morte de supostos delinquentes, o que preocupa a Procuradoria dos Direitos Humanos (PDH).

A ONU repudiou os casos e fez um chamado para que governo e sociedade civil trabalhem para evitar esta prática, que significa, segundo a entidade, a ruptura do valor intrínseco da vida e degrada as pessoas que participam destes atos e a moralidade das comunidades que os permitem.

A prática dos linchamentos no país foi iniciada depois da assinatura dos Acordos de Paz, em 1996, que colocou fim a 36 anos de uma guerra civil entre governo e guerrilhas.

Os estados que registraram o maior número de atos desta natureza foram Quetzaltenango, Quiché, Huehuetenango, San Marcos, Guatemala e Sololá.

A Guatemala é um dos seis países mais violentos da América Latina, com uma taxa de 49 homicídios a cada 100 mil habitantes.

O país passa por um processo eleitoral que será encerrado no próximo domingo, 6 de novembro, com o segundo turno das eleições presidenciais, disputado pelo general reformado direitista Otto Pérez Molina e o centrista Manuel Baldizón.

Segundo cifras da PDH, os linchamentos aumentaram consideravelmente nos últimos anos; em 2004 foram 54; em 2005, 54; em 2006 e em 2007, 117; e em 2008, 135.

Fonte: Ansa com informações da Adital