Indignados protestam contra influência do dinheiro na política

As ações na capital integram um grande dia de manifestações iniciadas na terça e que se estenderá até a quinta-feira, sob o lema "Retomemos o Capitólio", destacam meios locais de imprensa.

Os ativistas planejam reunir-se nesta quarta-feira na praça McPherson, lugar onde autoridades policiais prenderam 31 cidadãos no fim de semana passado e destruíram um refúgio de madeira levantado pelos ocupantes.

Desse ponto deve partir uma marcha em direção à rua K, na qual está localizada a maioria das companhias dedicadas ao gerenciamento político no Congresso e as agências federais.

Ao meio-dia, os pacifistas retornarão à praça para almoçar juntos, "tal como bebem e jantam os lobistas e políticos", indicam os organizadores em sua página digital.

Às 17h local, o grupo pretende se dirigir para a Casa Branca "eixo central do suborno corporativo", afirmaram.

Marcharão depois para a Corte Suprema de Justiça para protestar por uma controvertida decisão relacionada com a difusão de propaganda política financiada por sindicatos ou corporações, tendo em vista as eleições presidenciais do ano próximo.

Ontem, membros de OWS e cidadãos afetados pela crise hipotecária marcharam pelo nova-iorquino bairro de Brooklyn, para exigir aos bancos que devolvam as "casas roubadas" de numerosas famílias.

Com consignas como "Punir os bancos, não as pessoas" e "Moradia acessível para 99 por cento", os ativistas propõem "ocupar moradias vazias para entregá-las aos que ficaram na rua por não poder pagá-las".

Assim, centenas dos chamados indignados, provenientes de vários estados, ingressaram nesta terça-feira de maneira pacífica nos escritórios de legisladores no Congresso, a fim de solicitar mais emprego e uma melhor cobertura social.

Ainda que o governo tenha anunciado uma discreta redução de quatro décimos da taxa nacional de desemprego, agora em 8,6%, ainda persistem mais de 13 milhões de desempregados nas ruas da primeira economia mundial.

O OWS iniciou suas ações em 17 de setembro em frente à sede do poder financeiro estadunidense e estendeu-se, de costa a costa do país, às principais cidades da nação, na contramão da avareza corporativa e das inequidades provocadas pelo sistema capitalista.

Fonte: Prensa Latina