Grupo Harém estréia hoje (26) "Macacos me mordam"
Os personagens são macacos. A história é um musical que passeia pela teoria da evolução e vai até o sonho hollywoodiano.
Publicado 25/01/2012 12:28 | Editado 04/03/2020 17:00

O espetáculo estreia nesta quinta-feira (26) e segue até o dia 28 no Teatro 4 de Setembro. A peça passeia por vários momentos da história do mundo, desde a Evolução das Espécies de Charles Darwin até os dias de hoje, tudo dividido em capítulos nominados por provérbios.
“Nós acreditamos na teoria da evolução. A gente fala dos macacos e da nossa história. Fazemos crítica sobre as ideias do sucesso pelo sucesso, do mundo do big brother e da invasão da privacidade.Tudo com muito humor”, explica o diretor e também ator da peça, Arimatan Martins.
Depois de 26 anos de carreia e 18 espetáculos montados, 'Macacos me Mordam' é a primeira peça autoral do Grupo Harém. Ela vem sendo montada desde o ano passado e conta com sete atores no elenco e estrutura de teatro profissional. Os figurinos são ecologicamente corretos, uma proposta estética em um mundo que teve que aprender a conviver com a lógica do desenvolvimento sustentável.
“Cada macaco tem sua história, mas todos em uma mesma história. É um humor inteligente, as pessoas vão se identificar porque é uma metáfora da sociedade humana de todos os tempos, com o que há de bom e ruim”, acrescenta Arimatan.
Além de Arimatan, integram o elenco Francisco Pelé, Fernando Freitas, Emanuel de Andrade, Kiko Moreira, Francisco Castro e Igor Medeiros, que voltou de Londres, onde se formou em teatro. O espetáculo fica em cartaz de 24 a 28 de janeiro, sempre às 20h. Os ingressos custam R$ 20, a inteira e R$ 10, a meia.
Grupo Harém e falta de incentivo
“Macacos me mordam- A comédia” foi uma peça construída sem qualquer incentivo, afirmam os integrantes do Grupo Harém. “A não ser de alguns amigos e do nosso também”, ressalta o ator Francisco Pelé.
A informação traz a tona a questão da falta de incentivo para grupos de teatro do estado. Os atores do Harém, que ficou famoso em todo o país com a consagrada peça “Raimunda Pinto, Sim Senhor!”, falam que durante os 26 anos o grupo tem sobrevivido sem incentivos.
“Quanto mais a gente fica famoso, mais as coisas ficam difíceis, o que devia ser o contrário. Para essa peça, não dependemos de nenhuma lei de incentivo, nem de governo e prefeitura”, lamenta Arimatan.
Se por um lado a falta de fomento é ruim, por outro traz toda a independência ao grupo. “Não abrimos concessões estéticas, nem de conteúdo. O Harém conquistou seu público fiel no decorrer desses anos, ele é querido, é o namoradinho do Piauí”, finaliza.
Por Nayene Monteles do www.portalaz.com.br