Ameaça de greve da Polícia Militar deixa baianos apreensivos

A população de Salvador acordou apreensiva nesta quarta-feira (1/2), após a Associação dos Policiais, Bombeiros e de seus Familiares do Estado (Aspra) decidir pela paralisação de seus associados na noite de ontem. Após a assembleia, os manifestantes se dirigiram à Assembleia Legislativa, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), onde prometem ficar acampados até a volta do governador Jaques Wagner, que acompanha a presidente Dilma em viagem a Cuba.

O comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, não reconhece o estado de greve e disse que os policiais estão trabalhando normalmente. O estado de greve também não é apoiado por outros representantes da categoria, como a Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (AOPMBA), que alega que está em negociação com o governo e que não é favorável à paralisação sem antes esgotar os canais de diálogo.

A população está assustada com a situação, pois teme que se repita o que aconteceu em 2001, quando a polícia entrou em greve por quase uma semana e o pânico se espalhou pela cidade, com saques a lojas e muitos roubos por todo o estado. Até o momento não há registro de casos fora do normal, mas há uma grande expectativa de que a situação seja resolvida e os policiais que estão parados retomem suas atividades.

De Salvador,
Eliane Costa.