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Líder do PT vai recolher assinaturas para CPI do Cachoeira 

O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), disse, nesta segunda-feira (9) à Agência Estado que o partido vai começar a recolher amanhã assinaturas para propor a criação de uma CPI para investigar as relações do empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

A decisão dos petistas ocorre depois que o corregedor da Casa, Vital do Rêgo (PMDB-PB), foi informado de que o Supremo Tribunal Federal (STF) não enviará os autos da operação porque a investigação está sob segredo de Justiça.

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Pinheiro afirmou que o PT estava "segurando" a CPI para esperar o recebimento do inquérito no STF. Ele e outros senadores pediram, por intermédio do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), acesso às investigações para subsidiar a Corregedoria e o Conselho de Ética. Mas o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, informou Vital que não poderia repassar o material ao Senado.

"Vamos propor a criação de uma CPI", disse Pinheiro. Ele ressaltou que ainda não conversou com outros líderes da Casa sobre se vão aderir à coleta de assinaturas ou sobre se a comissão parlamentar será mista, de deputados e senadores. Na Câmara, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) já apresentou no mês passado mais do que as 171 assinaturas necessárias para criar uma comissão parlamentar para investigar as relações do contraventor. No Senado, para se abrir uma CPI, é preciso obter pelo menos 27 apoios.

O líder petista rechaçou qualquer "temor" do partido de as investigações alcançarem governos da legenda, como em Brasília, o governador Agnelo Queiroz. "Não há temor com ninguém. Se tivéssemos, não teríamos apresentado representação (pedindo acesso aos autos) e feito pressão sobre o procurador-geral da República (Roberto Gurgel), que estava com as informações", rebateu.

"O temor é exatamente a apuração não caminhar e morrer no Demóstenes (Torres)", acrescentou, referindo-se ao senador goiano, que foi alvo de uma representação do PSOL por quebra de decoro no Conselho de Ética.

De Brasília
Com Agência Estado