Valcke e Marin devem participar de audiência Lei da Copa

Deputados da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara aprovaram na quarta-feira (30) um requerimento que convida o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o presidente da CBF, José Maria Marin, a participar de uma audiência pública sobre a Lei Geral da Copa.

Nesta audiência, os deputados da comissão querem discutir com o representante da Fifa e presidente da entidade máxima do futebol nacional as campanhas sociais que devem ser feitas durante o Mundial de 2014. A realização desse tipo de campanha está prevista no projeto da Lei Geral.

No início de março, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou que os organizadores da Copa de 2014 precisavam de um "chute no traseiro". A declaração criou uma crise entre Fifa e governo federal. O ministro Aldo Rebelo chegou a pedir o afastamento de Valcke das negociações sobre a Copa, mas depois aceitou as desculpas do francês

A Lei Geral da Copa já foi aprovada no Congresso Nacional e, agora, aguarda a sanção da presidente Dilma Rousseff. A lei cria as condições requeridas pela Fifa para que a Copa do Mundo de 2014 aconteça no Brasil. Entre essas condições, estão privilégios para concessões de vistos, proteção de marcas e a liberação para venda de bebidas em estádios.

A data da audiência pública ainda não foi confirmada. Como a comissão de deputados aprovou um convite, Jérôme Valcke e José Maria Marin não são obrigados a comparecer à audiência.

Caso Valcke aceite ir à Câmara, a audiência deve marcar a volta do secretário-geral da Fifa ao Congresso após o episódio do “chute no traseiro”. A expressão foi usada por ele para criticar a preparação do Brasil para o Mundial e causou uma crise entre Fifa e governo.

Durante a crise, uma audiência pública no Senado que teria a presença de Valcke foi cancelada. Na época, o senador Roberto Requião disse Valcke merecia receber um pontapé em suas “redondas abundâncias”.

Na última quarta-feira (30), Valcke participou do evento de divulgação da tabela da Copa das Confederações, no Rio de Janeiro. Bem mais sereno do que costumava ser, o secretário-geral da Fifa evitou fazer qualquer critica a preparação do Brasil para o Mundial. Disse até que o país poderia realizar a Copa do Mundo mesmo não tendo 100% de suas obras para o torneio prontas.

Fonte: Uol