Rafael Correa: Equador vai se retirar do TIAR 

O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou, nesta terça-feira (5), que seu país se retirará do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), organismo que “ tem servido aos interesses estadunidenses”, segundo o mandatário.

Em sua chegada a Quito procedente de Cochabamba, Bolívia, onde participou da Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o presidente expôs as razões pela qual adotou a decisão.

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Informou que o TIAR implicava o compromisso de toda a América se unir diante de qualquer agressão extra-regional, no entanto, em 1982, quando a Inglaterra invadiu as Ilhas Malvinas e o TIAR estava obrigado a defender a Argentina, os Estados Unidos apoiaram a Inglaterra.

Em  coletiva de imprensa ratificou sua mensagem expressa no fórum sobre a necessidade de refundar a OEA para que esteja de acordo com os tempos que vive a América. "O fim é o bem-estar de nossos povos, construir a grande pátria, sem miséria, e com dignidade. Se a OEA não nos acompanha nisso, terá que ser criado algo novo e melhor". 

Correa destacou que expôs na cidade boliviana as falências no Sistema Interamericano de Direitos Humanos, especialmente os abusos da CIDH, como a extralimitação em suas funções.

Destacou que este organismo está influenciado por países hegemônicos, como os Estados Unidos, onde está sua sede, apesar desta nação não reconhecer a CIDH. Expôs que a CIDH atua como uma Organização Não Governamental e participa em assuntos delicados do país, sem entender o que acontece, e que Washington querer dizer o quê fazer ou não fazer

"Isso é inaceitável, não sei com quem pensaram que estavam lidando, talvez com colônias, mas aqui vão encontrar um Governo que representa um povo digno e soberano", acrescentou.

Correa não excluiu a possibilidade de que o Equador se retire da CIDH, mas assegurou que vai se retirar do TIAR.

Fonte: Prensa Latina