Bancários da CTB discutem sistema financeiro nacional em Salvador

Para o presidente da FEEB BA/SE, Emanoel Souza, o objetivo do seminário era de incluir o tema na agenda da campanha salarial e denunciar o rentismo dos bancos como o principal entrave para o desenvolvimento do país. O coordenador do ramo financeiro da CTB, Eduardo Navarro, destacou a necessidade de a Central ser protagonista no debate sobre a necessidade de regulação do setor.

Na sexta-feira (24/08), os participantes assistiram às palestras do professor Renildo Souza, do geólogo Elias Jabour, que abordou o sistema financeiro na China, e o assessor parlamentar Lécio Moraes, que falou sobre a realidade do setor no Brasil. No segundo dia, sábado (25/08), as discussões ficaram a cargo do coordenador da CTB, Eduardo Navarro, do presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, e do secretário-geral da Contec, Gilberto Vieira. Os três trataram sobre a opinião do movimento sindical sobre o sistema financeiro e destacaram a necessidade da regulamentação, com redução das taxas e ampliação do crédito.

Navarro abriu as discussões, fazendo um breve histórico sobre o surgimento dos bancos no país e a evolução dos mesmos ao longo dos diferentes períodos políticos. O destaque, no entanto, foi para a necessidade de o SF estar atrelado ao desenvolvimento nacional e ser alicerce para o fomento do crescimento da economia. “O modelo atual é concentrador, voltado apenas para o consumo. É preciso que as mazelas sejam minoradas e a distribuição de renda cresça”. O coordenador da CTB sugeriu a retomada dos bancos estaduais e do banco regional do Centro-Oeste.

Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf – frente política divergente –, a realização do debate, promovido pela CTB, foi um avanço. Ele defende a unidade da categoria para que as propostas sejam encaminhadas. “Estamos perdendo tempo divididos. Quanto mais unidos das negociações, mais força temos”.

Gilberto Vieira também fez um histórico do sistema financeiro até os dias atuais, para apontar as falhas e o que se faz necessário para que o setor contribua para o crescimento.

Entre os destaques, a necessidade do desenvolvimento regional, servindo aos interesses da coletividade, participação de trabalhadores no Copom – formado apenas por membros do Banco Central –, mais crédito, segurança financeira, regulamentação dos serviços bancários, acompanhamento dos projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional.

De Salvador,
Maiana