Publicado 02/10/2012 11:52 | Editado 04/03/2020 16:47

Não deve ter sido ideia de marqueteiro, pode ser que algum estrategista incentivou a participação nas campanhas dos municípios. Talvez políticos com a gula de vencer as eleições pensando na garantia do novo mandato em 2014 empurraram a governadora para avaliar de frente ao povo do Maranhão a sua propalada pesquisa positiva, as mesmas encomendadas pelos seus auxiliares diretos.
Algum aliado palaciano acendeu na sua mente a realidade da rejeição popular, fortalecendo o conforto de ficar na proteção das paredes dos Leões amparada nos milhões dos convênios jogados como milho no galinheiro das bases eleitorais. Mas parece que este destemido conselheiro tinha chegado depois do relógio da vaidade ter disparado o soberbo, nada acorda o sonho da ovação saboreada de cima dos palanques.
Teve em Balsas, na abertura do Rally dos Sertões em São Luís, Imperatriz, Timon, Matões, Parnarama, Coroatá, Gonçalves Dias, ainda aconteceu no Buriti-Bravo, quantidade necessária para alertar a Roseana Sarney da mais pura atitude dos maranhenses quando vaiam a sua presença. Pode ser que nas mais sonoras manifestações tenham membros de movimentos da oposição, mesmo assim não recebe a solidariedade do resto dos moradores nos municípios dos ousados rebeldes.
Depois da quase isolada inauguração do reformado Castelão, com a presença dos funcionários, da família, dos empreiteiros e de um colocado time de futebol amador no gramado, era provável que o seu grupo político tinha alcançado a lucidez. Este fenômeno ainda estava longe de acontecer.
O estádio veio seguido da primeira parte da Via Expressa sem o conhecimento do horário certo no corte da fita pela governante e o seu pai. Sim, o José pai de Roseana. Ambos os eventos que deveriam alcançar vulto poderia ajudar na conscientização que o tempo não escreveu uma história favorável à família Sarney. Irrelevante estas isoladas inaugurações, discutível o programada desdém moral.
Nada constrange quando a vergonha ainda procura lugar próprio no meio dos mesmos políticos há quarenta anos.
Fonte: Blog do Felipe Klamt