Jornalista de rádio e TV aprovam pauta de reivindicações

Jornalistas do Ceará aprovaram, na última sexta-feira (30), a minuta da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos empregados de rádios, TVs e portais do Ceará. A minuta prevê um reajuste salarial de 13% e piso de R$ 2.006,44 para uma jornada de 30 horas semanas (cinco horas diárias).

Os profissionais de mídia eletrônica também reivindicam cesta básica de R$ 255,00, gratificação por qualificação entre 10% e 40% do salário, vale cultura de R$ 50,00, protetor solar para profissionais de externa, licença maternidade de seis meses, entre outros pleitos.

O reajuste conquistado pelos jornalistas na mesa de negociação da Campanha Salarial 2013 será aplicado sobre os salários de 1º de janeiro de 2013, data-base do segmento de mídia eletrônica.

A categoria reivindica ainda que os colegas admitidos após a data-base tenham direito aos reajustes proporcionais aos meses trabalhados. Os desligados antes da celebração da Convenção Coletiva receberão, por ocasião da rescisão contratual, as diferenças proporcionais aos meses trabalhados.

“A pauta de reivindicações dos colegas de rádio e TV será entregue ao Sindatel (Sindicato das Empresas Proprietárias de Rádio e TV no Estado) ainda hoje (30). Mais uma vez, estamos nos antecipando no envio da minuta da CCT para tentar dar celeridade às negociações”, afirma a presidente em exercício do Sindjorce, Samira de Castro.

Ganhos reais e cláusulas novas

A Campanha Salarial de 2012, fechada em junho último, garantiu piso de R$ 1.775,61, correspondendo a um reajuste de 8,20%, com ganho real de 2% acima da inflação, que foi de 6,1%. O ganho real conquistado pelos jornalistas de mídia eletrônica foi superior ao alcançado em 2011, quando os profissionais obtiveram reajuste de 1,44% acima da inflação de 6,47%.

A novidade da CCT 2012 de Rádio e TV foi a conquista da cláusula "Acúmulo de Funções", que impede as empresas de exigirem dos seus jornalistas a execução de mais de uma função ou de atividade que não esteja expressa no registro profissional ou no contrato de trabalho.
"Vamos continuar batalhando pela gratificação por qualificação, pois cláusula neste sentido que havia sido acordada perante a mediadora da STRE foi retirada da mesa pelo negociador patronal, que não honrou com sua palavra", completa Samira.

Fonte: Sindjorce