Chile: Professores protestam contra 30 mil demissões

Professores chilenos anunciaram, nesta quarta-feira (26), um protesto contra a fusão e o fechamento de colégios. Os docentes se reúnem na frente da sede administrativa de La Flórida e também protestam contra as cerca de 30 mil demissões previstas para 24 instituições.

De acordo com o presidente do Sindicato de Professores, Jaime Gajardo, a situação pode piorar já que se trata apenas da primeira fase de fechamento e fusão de escolas, o que deve dobrar na próxima semana e em janeiro de 2013.

"Estamos falando de 30 mil professores que neste momento têm uma absoluta insegurança sobre o que vai ocorrer com eles no próximo ano e que repercute e golpeia duramente nas condições de ensino do sistema educativo", declarou o dirigente sindical, como informa a Radio Universidad de Chile.

Para o ex-porta-voz da Coordenadora Nacional de Estudantes Secundários (Cones), Cristofer Sarabia, “estes colégios são considerados a última opção em qualidade de educação, mas agora estão criando condições nas populações para que as pessoas continuem na pobreza".

Segundo o jovem, foram fechados cerca de 250 colégios municipais nos últimos 30 anos e criadas mais de 2.500 escolas particulares, subsidiadas ou privadas, de maneira que a educação pública está em declive nas matrículas.

O fechamento dos colégios ocorre porque o sistema de financiamento é calculado pela assistência de alunos às aulas, de maneira que se um estudante vai todos os dias à escola o colégio recebe 42 mil pesos (88 dólares) pelo aluno, mas se não vai, há um desconto gradual. Sarabia explica que há localidades de difícil acesso, o que impede, muitas vezes, a presença diária dos estudantes. “Por isso essas escolas deixam de ser financiadas e terminam sendo fechadas”, esclarece.

Com Prensa Latina