Fortalecimento político e econômico será tema do mês da mulher

As bancadas femininas da Câmara e do Senado decidiram tornar a luta pelo fortalecimento da mulher na política e na economia o tema das comemorações do Dia Internacional da Mulher este ano no Congresso. Serão promovidas, ao longo do mês de março, exposições, uma sessão solene e outros eventos, todos com o mesmo lema: “Somos mulheres e políticas, nós podemos – Reforma Política e Empoderamento Político e Econômico”.

As parlamentares também esperam aprovar projetos de interesse do público feminino nas duas Casas. Elas vão se reunir no próximo dia 20 com o novo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a fim de definir uma agenda de votações de matérias de interesse da bancada.

Elas defendem a aprovação de três matérias importantes para as mulheres. A primeira delas é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que garante a representação proporcional de cada sexo na composição das Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado e de cada Comissão, assegurando, ao menos, uma vaga para cada sexo. Na Mesa da Câmara, eleita na segunda-feira (4), não há nenhuma mulher.

A segunda matéria é o Projeto de Lei da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) que cria mecanismos para garantir o tratamento igualitário entre homens e mulheres no mercado de trabalho em aspectos como processo seletivo, formação e promoção. E a terceira mat[ria é também uma PEC, que amplia o período obrigatório de licença-maternidade de 120 para 180 dias.

A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) argumenta que só essas propostas gerarão uma melhoria efetiva na vida das mulheres e criticou a demora na tramitação. “Estou há seis anos comemorando o Dia da Mulher nesta Casa e, todos os anos, conseguimos votar projetos relativos aos direitos da mulher, mas que não têm impacto efetivo e real”, lamentou.

De acordo com Pietá, ao defender o “empoderamento” das mulheres, as parlamentares querem, na prática, garantir maior participação feminina na política e também a igualdade de condições no mercado de trabalho.

“No campo político, precisamos estimular a participação das mulheres nas eleições de 2014. Já a economia é fundamental para a liberdade. Quantas mulheres não se subordinam a homens violentos porque dependem deles para o sustento?”, questionou Pietá.

Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara