Na ONU, Venezuela repudia justificativa para ações imperialistas

O representante permanente da Venezuela na Organização das Nações Unidas (ONU), Jorge Valero, declarou, em nome do governo bolivariano, preocupação com a ideia de incorporar, como norma na Carta das Nações Unidas, a noção de “responsabilidade de proteger”, com a qual estão sendo justificadas agressões imperialistas como a sangrenta intervenção militar da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan) à nação Líbia.

Jorge Valejo

Neste sentido, o diplomata reiterou sua firme oposição já que tal concepção tem servido para menosprezar a soberania e independência das nações e para derrubar governos legítimos, impondo interesses expansionistas, imperialistas e colonialistas, como declara, nesta quinta-feira (14), uma nota da assessoria da chancelaria venezuelana.

“Nas últimas décadas observamos com preocupação como são utilizadas categorias técnicas do âmbito militar, para diluir responsabilidades diante do uso desproporcional da força, que causa a morte de civis inocentes, como consequência de bombardeios indiscriminados”, disse o embaixador durante o debate aberto do Conselho de Segurança sobre Proteção de Civis em Conflitos Armados na ONU.

Valero condenou o uso da força de maneira indiscriminada e desproporcional em situações de conflitos armados que afetam populações civis, especialmente a grupos vulneráveis como mulheres, crianças e idosos.

O embaixador lembrou ainda que estas ações violam o direito internacional, o direito internacional humanitário e, em particular, o 4º Convênio de Genebra sobre a Proteção de Civis em Conflitos Armados.

“A República Bolivariana da Venezuela reafirma que o uso da força deve ser evitada a todo custo. (…) Considera que o diálogo e a negociação são as vias mais adequadas para encontrar uma solução para os conflitos em curso na região do Oriente Médio, e assim acabar com a dramática situação humanitária que vivem alguns países”, enfatizou Valero.

Fonte: TeleSUR