Maduro assume presidência e convoca eleições em 30 dias
O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assume o governo interinamente e em 30 dias serão realizadas eleições presidenciais. A decisão foi anunciada na madrugada desta terça-feira (6) pelo ministro das Relações Exteriores, Elías Jaua.
Publicado 06/03/2013 16:36
Em sua última aparição pública, em 8 de dezembro, Hugo Chávez pediu para seus partidários votarem pelo vice-presidente Nicolás Maduro caso ficasse incapacitado pela operação de câncer que ia submeter-se dias depois.
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Chávez não pôde ser juramentado em 10 de janeiro para o mandato de 2013-2019, que ganhou nas eleições realizadas em 7 de outubro, mas uma autorização judicial determinou que o governo poderia continuar sem a tomada de posse formal do presidente.
A Constituição venezuelana diz que uma vez declarada a falta definitiva do mandatário, se ativarão os procedimentos para substituí-lo e evitar um vazio de poder. De acordo com o artigo 233: “Se a falta absoluta do Presidente ou Presidenta da República se produzir durante os primeiros quatro anos do período constitucional, se produzirá uma nova eleição universal, direta e secreta dentro dos trinta dias consecutivos seguintes. Enquanto se elege e toma posse o novo Presidente ou a nova Presidenta da República, se encarregará da Presidência da República o Vice-Presidente Executivo ou a Vice-Presidenta Executiva.”
Após receber o aval de Chávez, Maduro se confirmou como o candidato do oficialismo. De acordo com o jornal El Universal– horas antes de que se desse a notícia oficial da morte do presidente – as pesquisas mais recentes da empresa Hinterlaces, Maduro supera o opositor Henrique Capriles por 50% contra 36% da votação em futura eleição.
Além disso 70% da população está satisfeita com sua situação econômica; 65% vê o futuro com otimismo; 67% confia na revolução bolivariana; 57% aprova o governo de Maduro; 51% considera que o chavismo tem melhores ideias para resolver os problemas econômicos, comparado com 23% que opina o mesmo da oposição.
Com informações do La Jornada