Obama não tratará de um processo de paz definido em Israel 

Um oficial dos Estados Unidos indicou, nesta quinta-feira (7), que o presidente Barack Obama não proporá uma “iniciativa de paz” assertiva para o Oriente Médio durante a sua visita a Israel, no final de março. 

Primeiro ministro israelense Netanyahu e Obama - AFP

A agência de notícias francesa AFP citou o oficial, que disse: “Obama encontrou-se com líderes da comunidade judia americana” na Casa Branca, onde afirmou que “a viagem não é dedicada a resolver um problema específico, mas é mais uma oportunidade de consulta com o governo de Israel sobre uma ampla agenda de questões, que inclui o Irã, a Síria, a situação na região e o processo de paz.”

Outra fonte citada pela agência também teria dito que “Obama disse, entretanto, na reunião, que ele havia desenhado um quadro base que poderia se desenvolver para um esforço diplomático mais concreto dos EUA para o próximo ano.”

A vista do presidente dos Estados Unidos a Israel também tem como objetivo reconectar-se com o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu, com quem ele teve uma relação delicada durante seu primeiro mandato.

O oficial estadunidense também disse que “o presidente reiterou o apoio inabalável dos EUA a Israel e agradeceu aos líderes [da comunidade judia no país] pelo papel que desempenham no fortalecimento dos laços entre as duas nações.”

A frustração internacional com a falta de empenho dos EUA pela resolução da guerra entre Israel e Palestina afirma-se ainda com a presidência de Obama, que havia se comprometido, em sua primeira campanha eleitoral, a desempenhar um papel decisivo e construtivo no Oriente Médio.

Ao que tudo indica, o lobby israelense dentro dos EUA pressionou o presidente de forma eficaz a manter seu “apoio incondicional” a Israel, ainda que com base em constantes e gravíssimas violações dos direitos humanos do povo palestino. Não há previsões de uma visita de Obama a Autoridade Nacional Palestina em territórios palestinos.

Com Al-Manar,
Da Redação do Vermelho