PCdoB lamenta a morte do padre Renzo Rossi
O presidente do PCdoB da Bahia, deputado federal Daniel Almeida, aproveitou a festa dos 91 anos do partido, na última segunda-feira (25/3), no Espaço Cultural da Câmara Municipal de Salvador (CMS), para homenagear o padre Renzo Rossi, morto no mesmo dia. Rossi era italiano e morou na Bahia entre 1965 e 1997, se tornando um aliado importante dos presos políticos do país, durante a Ditadura Militar (1964-1985).
Publicado 26/03/2013 13:03 | Editado 04/03/2020 16:17
Entre os anos de 1973 e 1981, o padre militou pela causa dos presos politios e de seus familiares, passando a visitar os presídios para prestar solidariedade e apoio espiritual. A primeira visita foi à penitenciária Lemos de Brito, em Salvador, onde se encontrou com o líder sindical baiano Benjamim Ferreira de Souza.
Sensibilizado com a situação do preso, o padre passou a visitar outras unidades prisionais do país, sempre viajando de ônibus. A missão foi incentivada pelo então Cardeal Dom Avelar Brandão Vilela, Arcebispo Primaz do Brasil, e, ao todo, foram 14 presídios visitados, entre masculinos (11) e femininos (3).
“Manifestamos o nosso sentimento de perda de uma figura que foi muito importante na luta contra a Ditadura Militar no Brasil e na defesa e proteção dos presos políticos. Foi um grande amigo do PCdoB, sempre mantendo uma boa relação, não só com os nossos presos, mas com todo o partido”, disse Daniel Almeida.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, também lamentou a morte de Renzo Rossi. “Sempre tive uma estima elevada pela figura humana do padre Renzo, um grande amigo, de um caráter admirável e uma pessoa humana que fará falta a todos os que conviveram ou tiveram a honra de conhecê-lo mais de perto”, disse Wagner ao site oficial do governo.
O padre morreu na cidade italiana de Florença, em decorrência de um câncer de pâncreas. Ele tinha 87 anos.
De Salvador,
Erik Walla