Premiê chinês diz que lograr objetivos requer governo "limpo" 

“A China quer um governo limpo, transparente, cumpridor da lei, credível e que responda às expectativas do povo”, disse o primeiro-ministro Li Kegiang durante a primeira reunião do Conselho de Estado, divulgada nesta quarta-feira (27) em Beijing, capital chinesa. 

Primeiro-ministro da China, Li Kegiang - Reuters

Neste primeiro encontro desde a eleição dos integrantes do Conselho de Estado na 12ª Assembleia Popular Nacional, que concluiu suas sessões o 17 de março, o chefe de governo expressou que um governo cristalino é a pedra angular para alcançar a credibilidade popular.

O integrante do Comitê Permanente do Birô Político do Partido Comunista da China disse que quando a informação ao público demora, se provocam especulações e inclusive pânico entre alguns setores da população.

A abertura e a transparência são fundamentais para construir um governo limpo, sublinhou Li.

Esta primeira sessão do Conselho de Estado, celebrada na véspera, no Grande Palácio do Povo, foi centrada nas tarefas fundamentais, que o primeiro-ministro disse serem resumidas no desenvolvimento da economia, melhorar o nível de vida da população e promover a justiça social

Outro aspecto abordado pelo dirigente é a necessidade de divulgar as informações sobre segurança alimentar e medicinal, assim como as de contaminação, de forma que o trabalho do governo possa ser supervisionado tanto pelo público como pela imprensa.

“Devemos tomar passos adiante mais que apurados para tratar estes temas quando causam mal-estar à população”, disse também, de acordo com as versões oficiais divulgadas em Beijing.

O dirigente chinês foi muito claro quanto à posição do governo referente à corrupção em sua coletiva de imprensa no final das sessões parlamentares, e recordou os oficiais do governo que servir o povo e fazer dinheiro são caminhos diferentes.
“Quem pensa que enriquecerá em um posto governamental está equivocado”, disse Li.
Entre as medidas aplicadas pela nova direção, o premiê adiantou que não se construirão novos edifícios governamentais, o pessoal do setor público decrescerá, e se reduzirão as recepções, viagens de negócio e o uso de veículos oficiais.

Entretanto, Zhu Lijia, professor da Academia Chinesa de Governo, disse a meios de imprensa que a informação divulgada pelas administrações locais deve ser mais detalhada e relevante, e incluir mudanças, orçamentos, promoções e demoções, e não reuniões ou atividades entediantes.

“As autoridades”, disse o acadêmico, “devem publicar informação vital que inclua o processo de tomada de decisões, a quantidade de deputados que se opõem a políticas nos debates, o custo de obras sociais e quem foi encarregado de realizá-las, enfim, todos os detalhes de que são incumbidos”.

Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho