Rússia condena terrorismo e apoio a grupos armados na Síria 

O Ministério russo de Relações Exteriores condenou nesta sexta-feira (12) o terrorismo em todas as suas formas e manifestações, e lamentou que na Síria círculos internacionais e regionais apliquem a política da moral dupla, sem deplorar adequadamente esta tática. 

Atentado Alepo - AFP

Sem uma referência explícita, a nota da chancelaria critica aos EUA e seus aliados ocidentais e no Oriente Médio pelo bloqueio, em diversos foros, a uma condenação contra atentados com explosivos que já custaram a vida de milhares de pessoas.

“A Rússia está preocupada com a possibilidade de o conflito na Síria se estender para além das suas fronteiras com o Líbano”, agrega o documento da chancelaria.

Os meios de informação russos recordaram que em novembro de 2012, em um bairro de Beirute, capital do Líbano, foi encontrada a imitação de uma carga explosiva com uma inscrição ameaçadora assinada pelo grupo opositor ao governo da Síria, Jabhat al-Nusra.

Recentemente, o chefe do braço iraquiano do grupo Al-Qaeda, Abu Bakr al-Bagdadi, afirmou que o Jabhat al-Nusra é um dos seus núcleos.

Anteriormente, o líder deste grupo, Mohamed al-Golani, confirmoupublicamente que suas forças cumprem ordens do xeique Ayman al-Zawahiri, reconhecido atualmente como o líder do grupo Al-Qaeda.
O crescente interesse sobre a Síria da organização contra a qual os EUA e seus aliados desataram uma guerra, depois de setembro de 2001, com sequestros e detenções ilegais incluídas, é de grande preocupação para Moscou, segundo a chancelaria.

A organização terrorista internacional planeja transformar Damasco (capital da Síria) na sua principal praça de armas no Oriente Médio, conclui o texto condenatório da posição de dupla moral sobre o tema por Washington e seus aliados.

Vladimir Putin, presidente da Rússia, instou esta semana a terminar com o que qualificou de matança, desgraça e catástrofe para a Síria.

O presidente deu declarações à emissora de rádio e televisão alemã ARD, em que disse que os opositores armados e as forças governamentais devem se sentar à mesa de negociações e entrar em acordo sobre o futuro do país, como já proposto pelo governo sírio diversas vezes.

Putin assinalou que esse foi um dos pontos acordados na conferência de Genebra de 30 de junho de 2012, e lamentou que os parceiros ocidentais tenham se distanciado desses acordos.

O presidente recordou que pelos aeroportos próximos à fronteira síria, e citou informações do jornal The New York Times, a oposição radical obteve 3.500 toneladas de armamentos e munições.

Isso deve ser prioridade e é preciso ser eliminado das práticas na região, para lograr um cessar gradual das ações bélicas e do abastecimento de armamentos, segundo o mandatário.

Com Prensa Latina