Trabalhadores do Polo Industrial de Cubatão decretam greve

Cerca de 10 mil operários das empreiteiras do polo industrial de Cubatão e cidades vizinhas iniciaram uma greve na segunda-feira (6) para reivindicar reajuste salarial e ganho real. Em nova assembleia realizada no início da manhã desta terça (7), os trabalhadores que atuam na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), decidiram continuar a paralisação por tempo indeterminado. Nova assembleia está agendada para quarta (8), às 7h.


Trbalhadores decidem paralisar em assembleia na sexta (3)/Foto: Vespasiano Rocha

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos), Macaé Marcos Braz de Oliveira, a adesão é de 100% e os trabalhadores devem aguardar o resultado de uma audiência de conciliação marcada para a tarde desta terça, às 13h30, Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo (TRT-SP).

Os operários reivindicam a reposição da inflação do período (12 meses) mais um aumento real de 8%, além de uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) maior e vale-alimentação de R$ 20.

Cerca de 2.500 trabalhadores são da Tomé Engenharia, que presta serviço dentro da área da RPBC, pertencente à Petrobras. O gerente de Recursos Humanos da empresa, Marcos Fukumura, disse que comparecerá à audiência.

"Esperamos resolver a questão. Vinhamos negociando com o sindicato, mas eles interromperam a negociação e deflagraram a greve. Daí instaurou-se o dissídio no TRT a pedidos dos empregadores", explicou Fukumura, que reafirmou que a contraproposta do patronal de 8% de reajuste e correção do vale-refeição conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 10% será mantida.

A paralisação foi decretada em assembleia, realizada na sexta-feira (3), quando os trabalhadores, com data-base em 1º de maio,  rejeitaram contraproposta das empresas.

Da redação do Vermelho