SSA: Manifestação de estudantes termina com confusão e feridos
Na manhã desta terça-feira (4/6), uma manifestação de estudantes do curso de Medicina da Faculdade de Ciência e Tecnologia (FTC), na avenida Paralela, em Salvador, terminou em confusão. Os estudantes fecharam a via contra o atraso no pagamento dos professores, mas foram retirados por policiais da tropa de Choque da Polícia Militar.
Publicado 04/06/2013 17:14 | Editado 04/03/2020 16:16
De acordo com a assessoria da instituição, os policiais utilizaram gás de pimenta e balas de borracha para dispersar a manifestação. Houve correria e alguns estudantes ficaram feridos pelos disparos. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou socorro aos estudantes. Os ferimentos não foram graves, segundo a unidade de ensino.
O comandante da 82ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Paralela), major Cesar Castro, informou que o Batalhão de Choque foi chamado depois que os estudantes se negaram a liberar a Paralela. O protesto teve início por volta das 8h30, quando os alunos bloquearam o trânsito na avenida Paralela, ocupando todas as vias no sentido Aeroporto. Uma equipe da 82ª CIPM foi até o local para negociar com os manifestantes, mas não conseguiu liberar avenida.
Ainda de acordo com o major, foi solicitado que o grupo liberasse duas vias à esquerda para o trânsito fluir, mas o grupo não aceitou. "Eles só liberaram uma via e disseram que só sairiam de lá com a chegada da imprensa e do presidente da faculdade. Por isso tivemos que pedir apoio do Batalhão de Choque", salientou.
Com a chegada da tropa, os policiais usaram gás de pimenta, balas de borracha e bombas de
efeito moral para dispersar os manifestantes e liberar a via, segundo a assessoria da FTC. Em nota, a PM informou que não impediu que os estudantes realizassem o ato e sugeriu que eles fossem para o canteiro central da avenida, sem que houvesse a interdição do tráfego. "Para restabelecer a ordem pública, a tropa especializada utilizou bomba de gás e balas de borracha como técnica policial necessária no intuito de evitar o uso da força física, garantindo assim o direito de ir e vir dos cidadãos", diz a nota.
De Salvador,
Ana Emília Ribeiro
Com agências