Correa critica tratamento da imprensa sobre caso Snowden

Correa expressou-se desta maneira através de sua conta no twitter onde denunciou a dupla moral no tratamento da informação pelos grandes meios de comunicação norte-americanos. 

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“O cinismo do século: Washington Post 'acusa' o Equador de dupla moral. Que descaramento! Se dão conta do poder da imprensa internacional?”, escreveu.

O mandatário equatoriano rechaçou que a imprensa estadunidense conseguisse centrar a atenção da opinião pública em “Snowden" e nos países “malvados” que o “apoiam” esquecendo-se das coisas terríveis que ele denunciou contra o povo norte-americano e o mundo inteiro”, disse em referência a rede de espionagem internacional empregada pelo governo de Washington.

“Na ordem mundial não só é injusto, é imoral”, agregou. Correa destacou o que chanceler daquele país, Ricardo Patiño, assegurou que o governo equatoriano levará seu tempo para estudar a fundo a solicitação de asilo feita por Edward Snowden. “Tenham a segurança de que analisaremos com muita responsabilidade o caso Snowden e tomaremos com absoluta soberania a decisão que acreditamos ser a mais adequada”, manifestou o presidente na rede social. 

Por sua vez, Patiño afirmou – de Kuala Lumpur, capital da Malásia, onde realiza um recorrido de trabalho – que o Equador poderia demorar em tomar uma decisão sobre a concessão de asilo a Snowden. Da mesma maneira, Patiño informou que o Departamento de Estado dos EUA “enviou uma mensagem verbal para nossa chancelaria sobre o tema de Snowden, mas solicitou que o pedido seja enviado por escrito “para poder considerá-lo quando estivermos analisando a solicitação de asilo político”. 

Espionagem

O ex-empregado da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, por sua sigla em inglês), Edward Snowden é requerido pelo governo de Barack Obama, após haver revelado programas secretos de espionagem que os Estados Unidos desenvolvem pelo mundo.

Snowden publicou no jornal britânico The Guardian um programa secreto que permite a NSA ingressar diretamente nos servidores do Google, Facebook, Skype, Microsoft y Apple e também um sistema onde detalham os países alvos de espionagem tais como Irã, China, Paquistão e Egito.

Na última sexta (21), os Estados Unidos pediram sua extradição que responda por três acusações de espionagem e roubo de propriedade federal, apresentados no tribunal em Virgínia, que poderiam acarretar em até 30 anos de prisão.

Fonte: TeleSUR