Obama deixa a África do Sul após protestos anti-imperialistas
O presidente estadunidense Barack Obama viaja nesta segunda-feira (1º/7) à Tanzânia, após concluir a sua visita à África do Sul com fortes protestos dos sul-africanos, que condenam a política exterior agressiva do governo dos Estados Unidos. Centenas de manifestantes opuseram-se aos ataques com aviões não tripulados (drones) e outras ações durante os protestos, neste sábado (29/6), às portas da Universidade de Joahnnesburgo, onde Obama recebia um título de doutor honoris causa.
Publicado 01/07/2013 10:41

O chefe da Casa Branca, que antes de visitar a África do Sul esteve no Senegal, desenvolveu diversas atividades no país, inclusive um encontro com o presidente sul-africano Jacob Zuma e a família do ex-presidente Nelson Mandela.
Mandela, ícone da luta contra o sistema segregador do apartheid e que se converteu, em 1994, no primeiro presidente negro na história da África do Sul, encontra-se recluso em estado grave desde o passado 8 de junho, em um hospital de Pretoria, por uma recorrente infecção pulmonar.
O mandatário estadunidense também visitou a Ilha de Robben, onde Mandela esteve encarcerado por 18 dos 27 anos de sentença que cumpriu na prisão.
A visita de Obama pelo Senegal, pela África do Sul e Tanzânia tem como principal objetivo, de acordo com o seu governo, reforçar as relações econômicas e comerciais dos Estados Unidos com a África, em momentos em que o Norte demanda grandes quantidades de recursos naturais e matérias primas para sustentar a sua economia mercantilizada.
Os protestos na África do Sul foram focados à frente da Universidade de Johannesburgo, onde Obama recebia um título de doutor “honoris causa”. “Eles não acreditam que Obama merece este prêmio. A posição dos EUA e sua relação com Israel criou um problema”, disse Levy Masete, presidente do Conselho Representativo dos Estudantes. “Os estudantes dizem ‘pare com a opressão na Palestina’, e vocês querem honrar este homem que está fazendo a opressão possível”.
Obama rechaçou a acusação de que ele estava apenas investindo capital pessoal na economia da África agora como uma resposta ao foco aumentado no continente, pela China, Índia, Brasil e outros. Ele pediu aos africanos para que garantissem que os países que buscam maior presença no continente tenham “um bom negócio para a África”, ponto criticado por muitos africanos justamente com relação à Europa neocolonialista e aos EUA imperialistas.
Com agências,
da redação do Vermelho