EUA e Israel opõem-se à Síria no Conselho de Direitos Humanos
Os Estados Unidos e o regime israelense opuseram-se, nesta quinta-feira (11), à solicitação da Síria para incorporar-se ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. A embaixadora estadunidense para a ONU, Rosemary DiCarlo, disse serem “fora de lugar” e inapropriados os esforços do país árabe para conseguir um assento no Conselho, alegando que nele são registrados vários casos de violação de direitos humanos.
Publicado 12/07/2013 12:28

No mesmo sentido, o embaixador de Israel para a organização, Ron Prosor, definiu como um “novo recorde de hipocrisia e cinismo na ONU” a petição da Síria, que, junto à Jordânia, China, Ilhas Maldivas, Arábia Saudita e Vietnã, é candidata às quatro vagas abertas no Conselho para a região Ásia-Pacífico.
Os Estados Unidos e demais países ocidentais, além de impedir a incorporação da Síria nas organizações internacionais, atiçam as chamas da violência em que está submerso o país árabe há mais de dois anos, garantindo o apoio logístico, bélico e financeiro aos grupos armados que atuam na região, e que combatem as forças oficiais sírias contra o governo do presidente Bashar Al-Assad.
ONU aborda impacto humanitário de muro e bloqueio na Palestina
Não é a primeira vez que os EUA e seus aliados impedem a integração, como membro, de um país árabe nas entidades internacionais.
Em novembro de 2012, os estadunidenses, os israelenses e outros sete aliados, em uma votação direta na Assembleia Geral da ONU, votaram contra a elevação do status da Palestina de “entidade observadora” para o de “Estado observador” não membro da organização.
Além das violações sistemáticas de direitos humanos cometida de forma cotidiana tanto pelos EUA, em suas intervenções militares e em seu próprio território, ou ainda na prisão da base militar de Guantânamo, Israel também é denunciado diariamente pela opressão segregadora e criminosa, sob o direito internacional, com que trata os palestinos.
Nesta quinta-feira, por exemplo, um garoto de cinco anos foi detido por soldados israelenses na Cisjordânia, território vastamente sob a ocupação militar de Israel em todos os aspectos. Além da detenção arbitrária e ilegal generalizada, a própria ONU, através de agências como a Unicef, já condenou a detenção ilegal de menores de idade palestinos, também comum nos territórios ocupados palestinos.
Com informações da HispanTV