EUA e Israel opõem-se à Síria no Conselho de Direitos Humanos

Os Estados Unidos e o regime israelense opuseram-se, nesta quinta-feira (11), à solicitação da Síria para incorporar-se ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. A embaixadora estadunidense para a ONU, Rosemary DiCarlo, disse serem “fora de lugar” e inapropriados os esforços do país árabe para conseguir um assento no Conselho, alegando que nele são registrados vários casos de violação de direitos humanos.

Prisão de crianças - Palestine Chronicle

No mesmo sentido, o embaixador de Israel para a organização, Ron Prosor, definiu como um “novo recorde de hipocrisia e cinismo na ONU” a petição da Síria, que, junto à Jordânia, China, Ilhas Maldivas, Arábia Saudita e Vietnã, é candidata às quatro vagas abertas no Conselho para a região Ásia-Pacífico.

Os Estados Unidos e demais países ocidentais, além de impedir a incorporação da Síria nas organizações internacionais, atiçam as chamas da violência em que está submerso o país árabe há mais de dois anos, garantindo o apoio logístico, bélico e financeiro aos grupos armados que atuam na região, e que combatem as forças oficiais sírias contra o governo do presidente Bashar Al-Assad.

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A eleição dos integrantes do Conselho de Direitos Humanos será celebrada no mês de novembro, na cidade estadunidense de Nova York, onde os candidatos optarão pelos 14 assentos disponíveis para os cinco grupos regionais.

Não é a primeira vez que os EUA e seus aliados impedem a integração, como membro, de um país árabe nas entidades internacionais.

Em novembro de 2012, os estadunidenses, os israelenses e outros sete aliados, em uma votação direta na Assembleia Geral da ONU, votaram contra a elevação do status da Palestina de “entidade observadora” para o de “Estado observador” não membro da organização.

Além das violações sistemáticas de direitos humanos cometida de forma cotidiana tanto pelos EUA, em suas intervenções militares e em seu próprio território, ou ainda na prisão da base militar de Guantânamo, Israel também é denunciado diariamente pela opressão segregadora e criminosa, sob o direito internacional, com que trata os palestinos.

Nesta quinta-feira, por exemplo, um garoto de cinco anos foi detido por soldados israelenses na Cisjordânia, território vastamente sob a ocupação militar de Israel em todos os aspectos. Além da detenção arbitrária e ilegal generalizada, a própria ONU, através de agências como a Unicef, já condenou a detenção ilegal de menores de idade palestinos, também comum nos territórios ocupados palestinos.

Com informações da HispanTV