Presa quadrilha ligada ao PCC
Uma quadrilha interestadual especializada em roubos e furtos de caixas eletrônicos foi presa neste domingo em Brasilia .
Publicado 06/08/2013 09:27 | Editado 04/03/2020 16:39
Segundo a Polícia, o grupo tem ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo. Os suspeitos agiam em várias cidades e instalavam dispositivos em caixas eletrônicos para receptar senhas e dados bancários dos clientes.
A Operação denominada 3G prendeu Gean Marques da Silva Euzébio, 24 anos, sem antecedentes criminais, José Artur Oliveira Gerônimo, 22 anos, com passagens pela polícia por porte ilegal, receptação e roubo qualificado, além de Rafael dias dos Santos, 24 anos, com passagens por receptação e estelionato. Os três detidos são do Distrito Federal.
O quarto, Márcio de Oliveira Souza, 32 anos, é de São Paulo e era considerado o chefe da quadrilha, com atuação no DF. Márcio já respondeu processos por roubo e corrupção de menores.
De acordo com o Delegado-Chefe da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), Dr. Fernando Cesar Costa, os presos na operação são apenas um braço da quadrilha. O bando abastece as contas do grupo PCC. Outra quadrilha que era beneficiada com a ação dos acusados era a comandada pelos detentos do estado do Ceará.
Outro preso
Um quinto integrante, Felipe Soleman Penha, de 28 anos, com vários antecedentes criminais, já está preso em outra unidade da federação – não divulgada pela polícia – e será trazido para o DF nos próximos dias.
Segundo Fernando César, a quadrilha agia nos terminais de atendimento de instituições financeiras, aproveitando as falhas de segurança das máquinas e já haviam arrombado, pelo menos, 100 caixas eletrônicos no DF.
"Eles chegavam ao local vestidos de técnicos em informática e faziam a troca dos monitores, leitoras de cartão e teclados numéricos. Quando o correntista tentava acessar o terminal, uma mensagem de que o serviço estava indisponível aparecia. Nesse momento, os aparelhos recebiam a trilha magnética do cartão, além das senhas numéricas e alfabéticas, que eram repassados por um notebook com rede 3G", explicou o delegado.
Instalação em região nobre
Segundo a polícia, os equipamentos eram instalados em terminais de atendimentos isolados, geralmente em locais de alto poder aquisitivo, como Sudoeste, Lago Sul e Plano Piloto, além de áreas com grande rotação de dinheiro, como supermercados, farmácias, postos de gasolina e feiras.
Com os suspeitos, a polícia apreendeu notebooks, monitores, teclados numéricos, leitoras de cartão, celulares e ferramentas, como alicates e chaves de fenda. O prejuízo calculado desde julho de 2012 – quando a quadrilha começou a agir – gira em torno de R$ 7 milhões, valor que foi todo arcado pela instituição financeira atingida.
Os presos responderão por formação de quadrilha, tentativa de furto qualificado mediante fraude e arrombamentos.