Forças israelenses destroem vilas beduínas no deserto de Negev

Forças do regime israelense voltaram a demolir, nesta quinta-feira (15), a aldeia beduína de Al-Araqib, no sul da Cisjordânia palestina. A destruição acontece pela 45ª vez, e é realizada por militares, com tratores e escavadeiras. Tanto a demolição de casas palestinas quanto a construção e expansão de colônias israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Leste têm sido condenados, inclusive pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, como determinantes para um fracasso das negociações de paz.

Beduínos no Negev - HispanTV

Uma testemunha local, durante a destruição da aldeia beduína, disse que os militares chegaram primeiro para intimidar os habitantes, com armas e paus, e logo derrubaram todas as casas, com escavadeiras.

No mesmo dia, as forças israelenses também demoliram casas e edifícios na aldeia Abu Qreinat, na região de Negev, ao sul da Cisjordânia.

Essas medidas do regime sionista de Israel são levadas a cabo no marco do plano discriminatório Prawer-Begin, que supõe a confiscação de mais terras palestinas e beduínas, e a destruição das construções que nelas estiverem.

O plano Prawer-Begin prevê a expropriação e o deslocamento forçado de 40.000 beduínos (grupos que vivem em regiões de deserto e que se dedicam ao pastoreio, especialmente), a demolição de cerca de 40 aldeias e a confiscação de mais de 7.000 hectares no deserto de Negev.

Os cidadãos palestinos organizaram diversas manifestações para expressar sua posição contrária à nova lei, aprovada em junho pelo parlamento israelense (Knesset).

Cerca de 160.000 beduínos vivem majoritariamente em condições de extrema pobreza, em aldeias no deserto de Negev. A metade das aldeias beduínas não são reconhecidas pelo regime israelense e, por tanto, não tem acesso aos serviços públicos.

Com informações da HispanTV,
Da redação do Vermelho