ONU e Itamaraty tratam assuntos humanitários e legado brasileiro

A subsecretária-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, visita o Brasil nesta segunda (19), Dia Mundial da Ação Humanitária, para participar de um encontro organizado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil e pelas Nações Unidas, com apoio da Fundação Alexandre de Gusmão. Neste ano, será homenageado o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que morreu na capital iraquiana Bagdá, aos 55 anos, em um atentado contra a sede local da ONU, em 2003.

Sérgio Vieira de Mello - ONU

A abertura do seminário contou com a presença do ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, da subsecretária-geral de Valerie Amos, e do coordenador residente da ONU, Jorge Chediek. Amos também dirige o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha).

O painel que discute a vida e o legado de Sergio Vieira de Mello teve a presença do ex-presidente do Timor-Leste e representante especial do secretário-geral da ONU para Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, do coordenador residente na ONU na Colômbia e da coordenadora no Panamá, Fabrizio Hochschild e Kim Bolduc, respectivamente, entre outros.

Sérgio Vieira de Mello trabalhou na ONU por 34 anos, e foi Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, desde 2002 até o seu falecimento, em um atentado em Bagdá, que também matou outras 21 pessoas, na sede da organização. Embora não haja comprovação, o atentado foi atribuído à rede Al-Qaeda.

Nesta segunda é lançada também a campanha deste ano para o Dia Mundial da Ação Humanitária, comemorado em todo o mundo. A campanha é uma iniciativa do Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) e, em 2012, mobilizou um bilhão de pessoas no mundo todo, que uniram suas vozes em favor da causa humanitária.

No momento em que a atuação da ONU e as suas missões humanitárias e de manutenção da paz são questionadas, o debate crescente e em desenvolvimento sobre a política internacional e a instrumentalização do conceito de "humanitário" estão em foco, assim como a presença e atuação de forças estrangeiras em países abalados por conflitos e crises internas ou regionais.

Com informações da ONU,
Da redação do Vermelho