Apesar das diferenças, Farc e governo colombiano avançam pela paz

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP) e representantes do governo colombiano prosseguem nesta terça-feira (27) com as conversações de paz, após rechaçar a proposta de referendo feita pelo presidente Juan Manuel Santos.

As conversações pelo fim do conflito foram reiniciados na segunda (26) no Palácio de Convenções, em Havana (Cuba), depois de uma pausa de três dias, anunciada pelo grupo guerrilheiro para analisar a iniciativa do Executivo da Colômbia de convocar um referendo sobre um eventual acordo de paz.

A delegação das Farc expressou sua decisão de permanecer na mesa de diálogo, mesmo não acompanhando a proposta governamental apresentada no Congresso. “Não acompanhamos, nem sujeitamos os diálogos e seus resultados a decisão unilateral” do governo, declarou Iván Márquez, líder negociador do grupo guerrilheiro.

Para ao grupo guerrilheiro, um acordo de paz não é um assunto que se pode resolver de maneira unilateral, assim como o mecanismo de votação não pode ser decidido somente pelo governo. “Aceitar essas regras do jogo seria trair a nossa luta”, disseram os representantes da guerrilha em um comunicado.

Assembleia Nacional Constituinte

As Farc insistem que a melhor maneira de fazer a consulta é através de uma Assembleia Nacional Constituinte, “neste cenário sim poderemos garantir a longa duração da paz nacional”, afirmam.

O grupo foi enfático ao expressar que “de uma vez por todas as Farc não irão se submeter a nenhum marco jurídico com desenhos unilaterais”.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina