Ao presidente da CPTM, Amazonas cobra CPI da Siemens

Deputado do PCdoB tem sido crítico da blindagem às investigações na Assembleia Legislativa sobre as denúncias de formação de cartel nas licitações de compra de equipamentos para o Metrô e CPTM. A Siemens admitiu que houve combinação de preços entre concorrentes.

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Em mais uma reunião da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa de São Paulo sobre as denúncias de cartelização envolvendo o transporte sobre trilhos no estado, o deputado Alcides Amazonas (PCdoB) voltou a enfatizar a necessidade de haver uma CPI que apure o caso. Ele foi um dos parlamentares que questionaram o presidente da CPTM, Mário Manuel Seabra Rodrigues, convidado a participar da sessão desta quarta-feira, 11.

Em sua fala, Amazonas perguntou sobre a legitimidade de haver uma CPI na Casa para apurar os fatos. “Todos são a favor da apuração. Inclusive o governador já disse que tudo deveria ser investigado. Mas, na hora de aprovarmos uma CPI na Assembleia, não conseguimos”, disse, em referência à bancada governista que tem barrado a iniciativa da oposição. “O Legislativo paulista não está conseguindo cumprir com um de seus papéis: o de fiscalizador do Executivo”, critica.

Durante sua participação na reunião desta quarta, Amazonas também questionou o custo do sistema para a população, levando em conta que o prejuízo acarretado pela cartelização e o superfaturamento recaem sobre o usuário na forma de um transporte congestionado e sujeito a panes constantes, de uma tarifa que não condiz com a qualidade oferecida ou ainda pelo mau uso das verbas públicas, que deveriam estar sendo aplicadas em benefício da população.
Rodrigues não falou sobre o “custo-cartel”, limitando-se a explanar quanto à formação da tarifa e sua equivalência nos trens e metrôs graças à subvenção do governo estadual, da ordem de 800 milhões de reais.

Na reunião, Rodrigues confirmou que a CPTM manteve seus contratos com as empresas investigadas e disse ainda que no acordo de leniência feito entre o Cade e a Siemens, não há referência ao envolvimento de servidores da CPTM.

Fonte: www.alcidesamazonas.com.br