Farc rejeitam ameaças contra os defensores do processo de paz

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) rejeitaram nesta sexta-feira (4) as "ameaças" do presidente do Senado, Juan Fernando Cristo, aos políticos que decidirem participar do diálogo de paz. 

Ricardo Téllez - Farc - EFE

Em um comunicado divulgado em Havana, Ricardo Téllez, membro da delegação guerrilheira, citou o caso do ex-ministro colombiano Álvaro Leyva, submetido a perseguição depois que decidiu se integrar aos diálogos e por sua postura favorável a uma Assembleia Nacional Constituinte.

Téllez assinalou, também, a intransigência contra outros defensores do processo de pacificação nesse país, como é o caso da ex-senadora Piedad Córdoba.

Segundo o texto, "se insiste em ameaçar de judicialização àqueles que, assumindo o direito e o dever de obrigatório cumprimento, que é a luta pela paz, decidirem viajar a Havana para contribuir suas ideias em prol da reconciliação nacional".

Também lamenta que tais situações ocorram em pleno desenvolvimento do tema referente à participação política, segundo ponto da agenda, focado na necessidade de gerar garantias para a existência de um verdadeiro exercício da democracia.

Por outro lado, aprecia as declarações do promotor geral colombiano, Eduardo Montealegre, que não vê nenhum delito em viajar a Cuba sem permissão do presidente colombiano, Juan Manuel Santos.

Ontem, as Farc iniciaram uma nova rodada de conversa, em cujo início o chefe da delegação, Iván Márquez, avaliou como modestos os avanços conseguidos até o momento.

Atualmente, as discussões centram-se no segundo ponto, relacionado à participação política, no qual as Farc apresentaram à opinião pública várias propostas mínimas que pretendem inserir nas negociações.

Da redação do Vermelho,
Com informações da Prensa Latina